sábado, 24 de julho de 2010

Lançamento do programa Um Computador por Aluno, em Caetés

O presidente Lula nasceu em Caetés (PE), e a cidade é uma das que iniciam o Programa Um Computador por Aluno.

As quatro escolas da cidade receberam 4.458 notebooks, um para cada aluno. Outras 300 escolas estão recebendo também em diversas cidades e estados do Brasil. Isso é apenas o príncipio, pois o programa será expandido gradualmente para todas as escolas do Brasil.

O Presidente Lula esteve na sexta-feira em Caetés para o lançamento do programa na cidade. Segue trechos do discurso:

Eu quero dizer aos meus companheiros e companheiras aqui, de Caetés, quero dizer ao companheiro prefeito Aércio da minha profunda alegria de voltar à minha terra natal e ver que a cidade está crescendo, ver que a cidade está se desenvolvendo, e poder entregar computador para os estudantes aqui de Caetés.

Vocês não sabem, mas computador virou uma paixão, sobretudo, entre as crianças e os adolescentes. Ou seja, não tem uma criança neste país que não queira um computador, não tem um adolescente neste país que não queira um computador.

Eu lembro que, quando nós discutimos, ainda em 2004, a criação de um programa para baratear o uso de computador e a compra de computador, a ideia nossa era criar um programa em que um companheiro pudesse entrar em uma loja e comprar um computador para pagar R$ 50,00 por mês, R$ 40,00 por mês, 30, 60, porque, até então, computador era coisa que só atendia à parte mais rica da população, os pobres não tinham dinheiro para comprar computador, neste país.

O programa que nós criamos para baratear o computador foi uma revolução no Brasil, porque nós criamos crédito, financiávamos a loja e muita gente pobre, que só via computador pela televisão, pôde entrar em uma loja, comprar o computador e pagar R$ 40,00 ou R$ 50,00 por mês.

Mas ainda faltava uma coisa: o computador virou um instrumento muito importante para aumentar o aprendizado da sociedade brasileira e o aprendizado das nossas crianças.

... eu fui à cidade de Piraí, no Rio de Janeiro, que foi governada pelo vice-governador do Rio de Janeiro, o companheiro Pezão, e foi a primeira cidade brasileira onde todas as crianças tiveram um computador dentro das escolas. As crianças desistiam de ir para a escola. Antes do computador, começavam o ano com 100 alunos na escola e terminava o ano com 70, porque 30% das crianças desistiam de estudar. Depois do computador, começa 100 e termina 100. As crianças, inclusive, levam para casa um computador, a crianças fazem um círculo e, entre elas, via computador, elas conversam. Eles aprendem muito mais. Eles têm informação, hoje, do que acontece no mundo inteiro, sobre qualquer matéria, coisa que a nossa geração não teve, e vai aumentar muito.

... nós estamos fazendo um plano piloto, ou seja, nós estamos distribuindo 150 mil computadores para 300 escolas... para 300 cidades [escolas] no Brasil.

... A ideia vem sendo trabalhada há alguns anos. Nós estamos trabalhando com a possibilidade de que, primeiro, a gente tenha internet banda larga em todas as escolas públicas deste país e em todas as cidades deste país. A ideia é que a gente, dentro de mais alguns anos, tenha um computador para cada criança neste país. É como um livro, é como uma caneta, ele tenha aquele material como um instrumento de aprendizado no primeiro grau, no segundo grau e no terceiro grau. As crianças vão evoluir com muito mais rapidez.

... Nós queremos que cada criança neste país, cada criança, pode ser um filho ou a filha da pessoa mais pobre do mundo, essa criança tem o direito de ter um computador para estudar e de ter um laboratório de informática na sua escola.

... Porque o Brasil é um grande exportador de minério de ferro; o Brasil é exportador da bauxita, que faz o alumínio; o Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo; o Brasil é o maior exportador de café do mundo, o Brasil é o terceiro exportador de grãos do mundo; o Brasil é o terceiro exportador de aviões do mundo. O Brasil virou um país grande. Mas, agora, nós não precisamos exportar apenas minério de ferro, ou soja, ou alumínio. Não. Nós queremos exportar conhecimento e inteligência. Não adianta a gente vender uma tonelada de ferro, uma tonelada de minério de ferro por US$ 100 e, depois, comprar um chip desse tamanhinho por US$ 1.000. Não, nós queremos é começar a produzir o chip, para gente poder fazer este país virar grande, virar rico, e o povo viver com dignidade neste país.

... Então, gente, olha, do fundo do coração, eu quero, mais uma vez, agradecer a cada mulher, a cada homem. Quero dizer para vocês que eu fico muito orgulhoso de ver a alegria dessas crianças com esse computador, muito feliz, quero agradecer às diretoras das escolas, às coordenadoras do programa. E quero, sobretudo, agradecer a vocês por, mais uma vez, me tratarem com o carinho que vocês me tratam.

Um grande abraço, um grande beijo e até outro dia, se Deus quiser. E vamos pedir para as crianças estudarem muito a partir de agora. Um abraço, gente.

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