O ex-diretor da Odebrecht Carlos Armando Paschoal, o CAP, depôs em delação premiada o pagamento de R$ 500 mil por meio de caixa dois para a campanha ao Senado de Aloysio Nunes (PSDB). Semana passada, o tucano assumiu o posto de ministro de Relações Exteriores. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com o delator, o repasse teria acontecido em 2010, quando Nunes se tornou o senador mais votado de São Paulo. CAP afirmou que o pedido por dinheiro foi feito pelo próprio Aloysio e as entregas foram realizadas em duas ou três parcelas em hotéis na zona sul da capital paulista.
De acordo com procuradores da Lava Jato, o senador, agora ministro, determinou uma pessoa de confiança para que foram combinadas senhas e endereços de entrega dos recursos. O tucano arrecadou R$ 9,2 milhões nas eleições daquele ano, de acordo com a prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No entanto, a Odebrecht não surge na lista de doadores.
CAP é um dos 78 delatores da empreiteira que tiveram suas colaborações homologadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).A PGR (Procuradoria-Geral da República) deve pedir nos próximos dias a abertura de inquéritos para investigar os políticos citados.
Em outubro, CAP também delatou o pagamento de R$ 23 milhões de caixa dois para a campanha presidencial de José Serra de 2010, incluindo repasses por meio de conta na Suíça. Serra antecedeu Aloysio no cargo de ministro das Relações Exteriores e pediu demissão no mês passado alegando problemas de saúde. CAP também detalhou pagamento em espécie para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
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