O ataque contra um micro-ônibus na noite de quinta-feira no bairro do Jaçanã, zona norte de São Paulo, que provocou paralisação no transporte coletivo na região que durou até as 12h15 do dia seguinte, pode ter sido obra de traficantes, segundo investigações da Polícia Civil. A polícia apura também se a ação teria relação com a chacina ocorrida na madrugada de quinta-feira, no mesmo bairro, em uma disputa por ponto de drogas, que terminou com quatro mortos e três feridos. A paralisação prejudixou 69 mil pessoas, e só acabou com a promessa da Polícia Militar de reforçar o policiamento na região.
Por volta das 23h, um dos 20 passageiros da lotação que fazia a linha 1722/10 Jardim Marina-Tucuruvi, falou para as pessoas descerem do micro-ônibus na Rua Maria Amália Lopes de Azevedo , despejou combustível de um saco plástico, ateou fogo com um isqueiro e fugiu. Motoristas e cobradores que operam 38 linhas de ônibus na zona norte, que haviam recebido ameaças pelo telefone 0800 da empresa antes do ato de vandalismo, cruzaram os braços para não “arriscar a vida dos passageiros, não foi um protesto”, afirma um diretor de um das empresas, que pediu para não ser identificado.
“Com certeza (o incêndio) foi motivado pelo tráfico de drogas. Os moradores daqui são trabalhadores e usam ônibus”, afirma o delegado assistente do 73º Distrito Policial (Jaçanã) José Carvalho Pinto. Na manhã de ontem, o motorista e o cobrador do coletivo prestaram depoimento. “Eles ficaram em estado de choque e não conseguem descrever o homem que ateou fogo no ônibus”, afirma o delegado. Imagens da câmera de segurança de um comércio próximo do local do incêndio serão usadas para identificar o responsável.JT
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