domingo, 3 de janeiro de 2010

Vento a favor para a compra da casa própria

O mercado está bastante favorável para quem deseja comprar a casa própria este ano.
A projeção do volume de recursos para o financiamento imobiliário em 2010 é de R$ 69 bilhões - um recorde. E os juros nunca foram tão baixos. A exigência de renda para aprovação do crédito também se flexibilizou. Com a criação do programa “Minha Casa, Minha Vida”, até quem ganha menos de três salários mínimos agora pode financiar um imóvel pagando uma prestação simbólica de R$ 50. Mas com crédito mais fácil e mais barato, o risco de fazer uma compra mal planejada aumenta. Por isso, o J T preparou um guia para ajudar você a aproveitar o bom momento do mercado sem colocar seu orçamento em perigo.

Orçamento
Coloque as despesas na ponta do lápis

Quem pretende adquirir um imóvel deve, antes de mais nada, estudar o orçamento familiar. Liste todas as despesas e veja quanto está disponível para o pagamento da parcela do financiamento. O ideal, dizem os especialistas, é dar uma entrada de pelo menos 20% e ainda reservar o equivalente a seis parcelas, para se precaver contra emergências. Feitas as contas, o consumidor saberá que tipo de imóvel procurar.

“Além do valor de entrada do financiamento e da reserva para emergências, o futuro mutuário deve se preparar para despesas inerentes à burocracia da compra de um imóvel”, lembra Celso Petrucci, economista do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). E elas não são nada baratas. Para fazer o registro e a escritura de um imóvel de R$ 130 mil, por exemplo, os cartórios estimam que o proprietário gaste cerca de R$ 2 mil. Antes disso, é necessário pagar à Prefeitura o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que equivale a 2% do valor venal do imóvel.

Além dos custos de documentação, há ainda os pagamentos atrelados ao financiamento. O banco realiza uma vistoria técnica no imóvel antes de aprovar o crédito e cobra entre R$ 400 e R$ 890 por ela. Também é embutida na prestação uma taxa de administração (que custa R$ 25 por mês), além dos seguros contra danos ao imóvel e por morte ou invalidez do mutuário.

Imóvel
Estude o mercado para fazer a melhor escolha

Depois de fazer as contas e definir qual é o valor do imóvel que cabe no seu bolso, é hora de iniciar a procura. Primeiro, decida-se pelo bairro. Além de levar em conta critérios pessoais (como proximidade com o trabalho, por exemplo), os especialistas aconselham os futuros compradores a considerar também o potencial de valorização da região. “Bairros das zonas leste, norte e sul que fiquem bastante próximos ao centro expandido são a principal aposta do mercado imobiliário”, informa José Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP).

Pondere também as vantagens e desvantagens de morar numa casa ou em um apartamento. Os apartamentos dominam os bairros centrais - as casas disponíveis nestas regiões tendem a ser maiores e mais caras. Em contrapartida, nos bairros mais afastados, as casas são uma opção econômica, porque além de mais baratas, dispensam o custo do condomínio.

Por fim, é preciso lembrar que há diferenças nos financiamentos dos imóveis novos e usados. Quem quiser comprar um apartamento novo de até R$ 130 mil, por exemplo, pode entrar no “Minha Casa, Minha Vida” e ter acesso aos subsídios do governo. Já quem preferir um imóvel usado, do mesmo valor, fica fora do programa. Dependendo da modalidade de financiamento, a entrada exigida dos imóveis usados também é maior.

Crédito
Para cada imóvel, um tipo de financiamento

Ao definir qual é o imóvel que você pretende financiar, comece a pesquisar as linhas de crédito. No caso dos financiamentos com recursos do FGTS, destinados à compra de imóveis de até R$ 130 mil, a Caixa domina o mercado e costuma oferecer as melhores taxas. A hegemonia do banco público deve ser ainda maior em 2010, uma vez que é ele quem gerencia a verba do “Minha Casa, Minha Vida”.

Porém, se o valor do imóvel for superior a R$ 130 mil, os bancos passam a competir de forma mais igualitária. “Em 2010, vai haver um acirramento da concorrência neste tipo de crédito, porque o mercado ainda é muito tímido no Brasil, está em franca expansão e hoje é um nicho essencial para o crescimento dos bancos”, afirma Luiz Antonio França, da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Os bancos costumam oferecer condições melhores a quem já é correntista e possui um bom relacionamento com a instituição financeira. Por isso, convém começar a pesquisa pelo seu próprio banco. Não se esqueça também de questionar quais são os valores da avaliação técnica do imóvel - a Caixa cobra R$ 400, por exemplo, menos da metade do valor praticado pelo Santander (R$ 890). Por fim, pesquise o preço dos seguros, lembrando que você não é obrigado a contratar esse serviço no mesmo banco em que fez o financiamento.Release de notícias Gov

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