Deputado que encenou a Paixão de Cristo assume o comando do partido envolvido em escândalo
Durante dez anos, Cláudio Abrantes subiu o morro da Capelinha, tradicional local de encenação da Via Sacra, na Semana Santa no Distrito Federal, carregando uma cruz. No último mês, depois do escândalo do esquema de suposto pagamento de propina em Brasília, detonado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o “Cristo” foi chamado para comandar o PPS, cuja cúpula foi flagrada como personagem desse enredo policial.
Conhecido pelo papel que desempenhou por uma década, Cláudio Abrantes, secretário-geral do PPS tem como uma das missões resgatar a credibilidade do partido. “Estamos buscando resgatar a trajetória de luta histórica que vem muito antes de se chamar PPS, quando ainda era o antigo Partidão”, disse o católico Abrantes, referindo-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Então vale a frase, chamaram um Cristo para salvar o PPS? “Não tenho esse poder todo de salvação não”, responde o político e ator.
Não dá para segurar a pergunta: é mais difícil atuar como Cristo ou coordenar o PPS? “A cruz da política é mais pesada do que a cruz da encenação, sem dúvida nenhuma. O meio político é mais complexo, mas nada que nos amedronte”, prega. FT
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