O ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, declarou em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no dia 02 de dezembro que o governador José Roberto Arruda (sem partido) recebeu o equivalente a R$ 3 milhões em espécie de empresas de informática envolvidas no esquema de arrecadação de propina. As informações foram publicadas nesta sexta-feira pelo portal iG, que teve acesso ao conteúdo do depoimento.
O ex-secretário também afirmou ao MPF que o esquema de arrecadação começou a funcionar em janeiro de 2007, logo após a posse de Arruda, e que, após perder o controle sobre os contratos, o governador decidiu unificar o modo de recebimento do dinheiro das empresas da área de informática e encarregou Durval como controlador do sistema de arrecadação das propinas. Durval afirmou que atuou como arrecadador entre o final de 2007 e a segunda quinzena de novembro deste ano.
Entenda o caso
O esquema de desvio de recursos públicos no governo do Distrito Federal, cujos vídeos foram divulgados nas últimas semanas, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
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