A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou que "a descriminalização das drogas é um tiro no pé", em entrevista à revista "Época" desta semana. Ela também não está nem um pouco convencida de que exista algum estudo que comprove que uma droga leve, como a maconha, não conduza ao uso de outra, mais pesada
A parte da entrevista em que a ministra fala sobre drogas é a seguinte:
""ÉPOCA Como a senhora vê a descriminalização das drogas?
Dilma - A droga é uma coisa muito complicada. Não podemos tratar da questão da droga no Brasl só com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. O crack mata, é muito barato, está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades. Não vamos tratar o crack única e exclusivamente com repressão, mas com uma grande rede social, que o governo integra. Há muita entidade filantrópica nas clínicas de recuperação. A gente tem de cuidar de recuperar quem já está viciado e cuidar de impedir que entrem outros. Tem que cuidar também para criar uma política de esclarecimentos sobre isso. Não acho que os órgãos governamentais, Estado, municípios e União, vão conseguir sozinhos. Vamos precisar de todas as igrejas e entidades que têm uma política efetva de combate às drogas. A questão da droga no século XXI é muito diferente daquele tempo de Woodstoc, que tinha um componente libertário.
ÉPOCA A senhora é a favor da repressão mesmo no caso de drogas leves, como a maconha?
Dilma - Não conheço nenhum estudo que comprove que a droga leve não seja passo para outra. Esse é o problema. Num país com 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, é complicado falar em descriminalização, a não ser que seja para fazer um controle social abusivo da droga. Não temos os instrumentos para fazer esse controle que outros países têm. A não ser que a gente tenha um avanço muito grande no controle social da droga, fazer um processo de descriminalização é um tiro no pé. O problema não é a maconha, mas é o crack. O crack é uma alternativa às drogas leves, médias, pesadas. Não é possível mais olhar pura e simplesmente para a maconha, que não é um caso tão extremo nem tão grave.".época
embora não me empolgue com sua candidatura.
ResponderExcluir???
explica melhor essa...
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a gente te adora sim...
mas não concorda sempre.
abraços discordantes.
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Também achei um pouco excessivo. Concordo com isso:
ResponderExcluir"Num país com 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, é complicado falar em descriminalização, a não ser que seja para fazer um controle social abusivo da droga. Não temos os instrumentos para fazer esse controle que outros países têm. A não ser que a gente tenha um avanço muito grande no controle social da droga, fazer um processo de descriminalização é um tiro no pé."
Fernando Pessoa escreve sobre a Lei Seca
ResponderExcluirhttp://www.psicotropicus.org/publicacao/129
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Alguns paises descriminalizaram as drogas, com regras rígidas, horários e locais. Aí, o que os ex-traficantes pensaram, "vamos fazer drogas mais viciantes... ". Então tem dorgas sintéticas e coisas como maconha transgênica/hidropônica (alto poder de dependência). Então, esses governos estão sendo obrigados a proibir alguns tipos de drogas "sacanas", porém muitos já tinham "experimentado" e já estavam na palma da mão dos novos empresários. Então o tráfico resurgiu. Até que apareça um "inteligente" e diga "Ei! A melhor forma de acabar com o tráfico é liberando essas novas drogas."
ResponderExcluirDiscordo de você, a Dilma precisa atualizar-se inclusive com as pesquisas médicas sobre a ideia de que maconha é primeiro passo para drogas mais pesadas. E concordo com a observação do leitor Murilo Guimarães quanto à dificuldade de controlar o acesso de jovens de 15 a 19 anos. Lembrando que para muitos jovens desta faixa etária, maconha já é careta, ante o crack, por exemplo, de feito mais rápido.E mais danoso.
ResponderExcluirNão legalizar que é um baita tiro no pé. O México que o diga. A Argentina está entrando em colapso por ter discriminalizado o uso e plantio doméstico de maconha em pequenas quantidades?
ResponderExcluirO pior da maconha é a sua ilegalidade. De resto, a maior parte é puro mito. Não é lá, como muitos defensores colocam, a coisa mais saudável do mundo, afinal é consumida principalmente através do seu fumo, o que traz problemas à saúde. Mas não tem nada que justifique sua proibição.
Difícil é abrir este debate. A Dilma evita entrar nessa questão porque FALAR sobre descriminalizar a maconha é um tiro no pé DELA, isso sim. Ela nem fala de reestatizar as privatizadas e já é taxada de radical, imagina se assumisse uma posição mais coerente (pelo menos que ouvisse a opinião da sociedade civil) em relação a esse assunto!
Enquanto não legalizarem vai ter gente morrendo na guerra ao combate. Sempre foi assim e sempre será.
ResponderExcluirPela primeira vez na vida eu vi o FHC falar algo sensato (ele diz ser a favor da descriminalização de todas as drogas).
E outra, de onde você tirou que plantar cannabis é proibido no mundo todo?
Além disso, oa cannabis vai bem além do consumo da maconha, pois o cânhamo (também originário da cannabis) é um dos produtos mais versáteis que existe e dele pode ser feito desde biocombustível até tecido e papel (um papel mais resistente e mais ambientalmente barato que o de celulose, inclusive).
um abraço e um 2010 sem demotucanos e suas ovas para todo mundo!
Vi há algum tempo uma pesquisa de comportamento dizendo que a maioria da população brasileira é CONTRA a descriminalização da maconha ou (não lembro) das drogas em geral. Será por isso a posição da Dilma?
ResponderExcluirFrancisco, o texto é do blog da Globo sobre a entrevista da Dilma. Veja abaixo
ResponderExcluirEntão vamos liberar as farmácias para faturarem alto junto aos viciados em 'remédios' que, segundo pesquisas,aliena e mata mais que as outras drogas.
ResponderExcluirVamos proibir as drogas do PSDB+DEM em Outubro.
É Dilma 2010!
A Dilma foi corajosa em contrariar uma parcela da população mimada e acostumada a não ser contrariada.
ResponderExcluirA população não aguenta mais pagar um preço muito caro (a própria vida) para que pessoas usem produtos proibidos por diversão e grita por maiores providências quanto ao consumo irresponsável destas substãncias.
A maconha não é uma droga 'inofensiva' como querem 'vender' os manipuladores de opinião.
ResponderExcluirCom a palavra os médicos em geral.
Citam a Holanda como referência de liberalização
ResponderExcluirmas, aqui é Brasil, carente de Educação,que o Lulão e a Dilma trabalham para compensar décadas
de atraso.
E o Brasil é um país continental, com extensas
fronteiras terra/mar/ar, difíceis de monitorar/controlar.
Entendo que, não enveredar para as drogas, é resultante de uma família estruturada, somada
a educação de qualidade para as nossas crianças
e jovens.E família estruturada só acontece com
emprego, renda, saúde e moradia digna.
Vamos chegar lá com a continuidade do governo Lula.
Porisso é Dilma 2010 !
Mulheres ! O poder está com voces.
Concordo plenamente com a Dilma. Acho realmente que a liberação da maconha é um tiro no pé.É fácil entender a sua posição, basta olhar como dirigente de uma nação e não como simples consumidor. Os grandes traficantes se desenvolveram porque a sociedade falhou e continua falhando na maneira de lidar com a questão. A solução não é facil mas a nossa sociedade tem de superar o problema e não ignorá-lo.
ResponderExcluirSe a Dilma disse isto - "A droga é uma coisa muito complicada. Não podemos tratar da questão da droga no Brasl só com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. O crack mata, é muito barato, está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades. Não vamos tratar o crack única e exclusivamente com repressão, mas com uma grande rede social, que o governo integra. Há muita entidade filantrópica nas clínicas de recuperação. A gente tem de cuidar de recuperar quem já está viciado e cuidar de impedir que entrem outros. Tem que cuidar também para criar uma política de esclarecimentos sobre isso. Não acho que os órgãos governamentais, Estado, municípios e União, vão conseguir sozinhos. Vamos precisar de todas as igrejas e entidades que têm uma política efetva de combate às drogas. A questão da droga no século XXI é muito diferente daquele tempo de Woodstoc, que tinha um componente libertário" - ela tem toda razão. Não li a entrevista toda, mas nesse argumento ela está coberta de razão. Ou como disse o PHA: FHC quer aparecer nos foruns internacionais, onde o chique agora é ser a favor da descriminalização da maconha. Mas o problema no Brasil de hoje, especialmente entre os pobres urbanos, é o crack, droga barata e rápida, não a maconha, e entre os riquinhos urbanos é o ecstasy e coisas semelhantes, também de efeito rápido, e caro como condiz ao status econômico e social dos seus consumidores.
ResponderExcluirhelena... ops...
ResponderExcluirde qualquer forma... adoro mesmo...
vera...
aí está o ponto...
garoto vai numa bocada escrota pegar baseado... não tem... vai coca mesmo... ou crack... é assim no mundo todo... onde quer que a proibição impere..
...
mais...
maconha é questão cultural.
usos e costumes.
assim como tabaco e álcool.
ha muita manipulação nessa discussão. interesses imperiais. a proibição esfacela a sociedade, vejam o méxico. vejam o documentário 'grass'. proibição começa na amerika pra estigmatizar chicanos. no brasil pra enquadrar negros.
não é brincadeira.
foucault explica. vigiar e punir.
abraço a todos.
...
Concordo com o colega aí em cima: Drogas são PSDB e DEM. Fui forçado a consumir por oito anos e quase me acabei. Graças a Deus, agora, estou limpo.
ResponderExcluirpoxa, tive um comentário deletado. e olha q ea respeito e dentro das regras das postagens. pq?
ResponderExcluirabs márcio cubiak
Márcio Cubiak
ResponderExcluirCaso tenha sido removido por um descuido na hora de deletar indesejaveis, peço desculpas
Abraços