Em novo depoimento à Procuradoria da República, Durval Barbosa, o homem que denunciou o mensalão do DEM, disse que entregou pessoalmente cerca de R$ 200 mil de propina ao vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), "há um ano e meio".
A entrega do dinheiro, segundo ele, ocorreu no hotel Kubitscheck Plaza, em Brasília.
O advogado do vice confirma o encontro no hotel, de propriedade de Octávio, mas nega pagamento de propina.
É a primeira vez que Barbosa afirma que entregou dinheiro a Paulo Octávio, que continua no DEM. O vice não aparece em nenhum dos vídeos gravados por Barbosa e divulgados até o momento.
Em depoimento anteriores, antes da deflagração da operação da PF, no mês passado, Barbosa afirmava que a propina era levada "inúmeros vezes" a Marcelo Carvalho, funcionário da construtora do vice.
Ele também disse que o governador do DF, José Roberto Arruda, recebeu R$ 3 milhões em propina. As íntegras dos depoimentos foram publicadas ontem no site de notícias iG.
A origem da propina paga a Paulo Octávio, segundo Barbosa, foi o grupo TBA, da empresária Maria Cristina Boner Léo.
A Folha revelou na sexta-feira que o executivo Antônio Bruno Di Giovanni Basso, ex-marido de Maria Cristina, afirmou em e-mails a interlocutores que, em troca de apoio financeiro "informal" à campanha de 2006, empresas de informática acertaram com Arruda e Paulo Octávio uma divisão de contratos públicos.
Entre as empresas, segundo Grossi, estava a TBA, que desde a posse de Arruda fechou contratos de R$ 35 milhões.
Barbosa disse no depoimento que Maria Cristina repassou R$ 800 mil para caixa dois de campanha de Arruda."Brasília não pode ficar refém de Durval. Se ele entregou dinheiro [a Paulo Octávio] que apresente o vídeo", disse Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado do vice.Folha
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