O Presidente Lula voltou a criticar a paralisação das obras de seu governo nesta sexta-feira (23) durante a posse do novo advogado geral da União, Luís Inácio Adams. Segundo ele, “o Brasil está travado” pelos órgãos de fiscalização.
“O Brasil está travado. Não é fácil administrar um país com a máquina de fiscalização existente. Temos que construir alguma coisa juntos, em que a gente permita que quem tem o poder de fiscalização possa fiscalizar, mas quem tem o dever de executar possa executar”, discursou Lula.
Ele disse que está tentando fazer um relatório com paralisações consideradas “absurdas” e os motivos. Segundo o presidente, que faz a obra está sujeito a todas as leis e quem fiscaliza não “está sujeito a nenhuma lei”.
“Fui numa obra que estava paralisada por nove meses, porque alguém achou que uma pedra arredondada era um machadinho indígena. Agora, qual o custo de parar essa obra por nove meses, qual o custo para o povo?”, indagou.
Lula criticou ainda o fato de que “pessoas às vezes de quarto escalão decide que não pode fazer uma obra e ponto final” e elas “tem mais poder que um presidente da República”. O presidente sugeriu que seja criado um comitê ou uma câmara “inatacável” que decidiria em instância final se uma obra deve ou não ser paralisada.
Ele ainda falou que do jeito como está o Brasil não atingirá suas metas de crescimento. “Não é verdade que queremos crescer? Então, precisamos nos pôr em acordo. Esse negócio de um remar para frente e cinco remarem para trás não dá certo, porque senão não vamos ganhar a medalha de ouro do crescimento que queremos”, discursou.
Ao final do evento, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que concordava com Lula. “Ele tem razão. No Brasil temos problemas há muito tempo nesse campo”.
"O presidente está fazendo inclusive uma auto-crítica. Isso também é um problema de governo. Quando ele fala de meio ambiente, ele está falando do próprio governo, que tem responsabilidade, por ter a iniciativa de fazer ou refazer a legislação, além de ter a maioria no Congresso para mudar essa situação", acrescentou Gilmar Mendes.
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