domingo, 25 de outubro de 2009

Dilma para internet


A estratégia para alavancar a candidatura da ministra Dilma Rousseff, à sucessão do Presidente Lula prevê intensa campanha na internet. Dilma terá destaque em tempo real no novo site do PT, que entrará em operação na primeira semana de novembro com emissora online de rádio e TV.

Para montar o estúdio de gravação, o Diretório Nacional do PT reformou a sede que ocupa num prédio do setor comercial de Brasília e contratou mais funcionários. A nova roupagem do site será um teste para 2010, quando o plano do partido é transmitir ao vivo os principais atos da campanha presidencial.

O americano Ben Self, guru da campanha digital de Barack Obama à Casa Branca, no ano passado, prestará consultoria a Dilma. A contratação foi fechada pelo publicitário João Santana, responsável pelo marketing político da ministra. O PT nega o acerto.

Aprovada pelo Congresso, em setembro, a lei que institui novas regras para as eleições só permite o uso da rede para fazer propaganda dos candidatos a partir de 5 de julho, mas libera manifestações nas páginas eletrônicas antes da campanha.

A ofensiva do PT nessa temporada de aquecimento não para aí: em 10 de dezembro, Dilma será a estrela do programa nacional de TV do PT. Além disso, o Grupo de Trabalho Eleitoral do partido deu ordem para que os diretórios estaduais ponham a chefe da Casa Civil em primeiro plano nas inserções.

PESQUISAS

Uma nova leva de pesquisas também foi encomendada. O PT sondará mais uma vez os eleitores em novembro, um mês antes do programa do partido na TV. O PMDB, prestes a se casar com o partido de Lula em 2010, recebeu um calhamaço de 200 páginas recentemente, indicando que a candidatura de Dilma não está tão bem das pernas. Pelo levantamento, o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, tem 34% das preferências; Dilma vem em segundo lugar, mas bem atrás do tucano, com 18%. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) tem 12% e a senadora Marina Silva (PV-AC), 8%.

O governo avalia que a ministra "sobreviveu" aos ataques da oposição num ano em que passou por muitas dificuldades - como o tratamento para combater um tumor no sistema linfático - e tem tudo para crescer. Para a cúpula do PSDB e do DEM, porém, a candidatura de Dilma é "frágil" e enfrenta problemas nos Estados.

Caberá ao novo presidente do PT a tarefa de negociar alianças para compor o palanque de Dilma e aparar arestas com o PMDB em São Paulo, Rio, Minas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Pará, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. A eleição que renovará a cúpula do PT está marcada para 22 de novembro e o favorito é o ex-presidente da BR Distribuidora José Eduardo Dutra.

O comando do partido quer que Dilma participe de pelo menos um debate entre os candidatos, mas o governo acha que ela não deve se envolver nessa queda de braço doméstica.

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