Sai Dilma Rousseff, entram Miriam Belchior e Erenice Guerra. As duas estão de olho no lugar da gerente do governo e mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como o Presidente Lula costuma se referir a Dilma. Uma será a chefe da Casa Civil e a outra continuará na função de auxiliar, com grande poder.
Há um equilíbrio de forças entre as duas. Miriam é a coordenadora do PAC na Casa Civil. Tem cargo mais político, o que poderia garantir-lhe o favoritismo, mas carrega um problema. De acordo com assessores de Lula, Dilma, a quem caberá dar a palavra final sobre a substituta, não se dá tão bem com Miriam quanto com Erenice.
Erenice, secretária executiva da Casa Civil, cuida de toda a parte jurídica. Sua substituta levaria pelo menos seis meses para ter o domínio completo das funções. Esse pode ser um fator a atrapalhar Erenice.
Lula, porém, está em dívida com ela. Tentou nomeá-la para o Tribunal de Contas da União (TCU), mas a reação no Congresso fez o presidente recuar e se decidir pelo ex-ministro José Múcio Monteiro. Ainda tentou dar a Erenice um cargo de ministra do Superior Tribunal Militar, mas de novo mudou de ideia, porque teve informação de que haveria reações.
Lula decidiu que todo ministro que deixar o cargo será substituído pelo secretário executivo ou por funcionário graduado. Quando os candidatos forem obrigados a sair, restarão nove meses de mandato. Se nomear um neófito, enfrentará paralisia administrativa e isso atrapalhará tanto o governo quanto a campanha.
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