terça-feira, 1 de setembro de 2009

Imprensa estrangeira destaca "independência" com o pré-sal

A imprensa internacional destacou nesta terça o anúncio da "independência brasileira" por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nessa segunda-feira, ao falar sobre as regras para a exploração do petróleo do pré-sal brasileiro. As publicações ligam o pré-sal com as disputas eleitorais de 2010, citam as promessas de Lula e contestam o sucesso na extração de petróleo em águas tão profundas.

O Wall Street Journal realçou as promessas de riqueza e desenvolvimento feitas por Lula, mas afirma que o País terá que superar as dificuldades encontradas por gerações de governantes sul-americanos: "transformar a riqueza de vastos recursos naturais em uma máquina de desenvolvimento", afirma a publicação.

Já o jornal americano The New York Times enfatizou a "mudança nacionalista" do País, que fortalece a atuação estatal da Petrobras na exploração da camada. O Times afirma que as companhias petrolíferas estrangeiras serão "limitadas a papéis subservientes à Petrobras".

Já o jornal espanhol El País diz que os anúncios de Lula sobre o pré-sal almejam as eleições de 2010. Segundo o jornal, a pressa em aprovar o projeto no congresso brasileiro, reflete uma preocupação do governo em evitar uma manobra da oposição que possa causar uma "sangria", além de evitar que a discussão eleitoral possa afetar os objetivos do pré-sal.

O WSJ destacou os planos do governo brasileiro de aumentar o controle sobre a exploração do petróleo do pré-sal, com o intuito de obter uma parte maior dos lucros e fundos com uma programação "ambiciosa". O jornal classifica como "fortes alegações" a interpretação das autoridades brasileiras acerca dos baixos riscos de perfuração. A confiança de sucesso na extração do petróleo em águas tão profundas é questionada por observadores, segundo o WSJ.

O periódico britânico The Guardian lembra que o objetivo de Lula é injetar "bilhões de petrodólares no combate à pobreza", assim como repercute as afirmações de Hugo Chávez quando da descoberta da camada, chamando o presidente de "sheik Lula". Ao mesmo tempo, o Guardian afirma que as companhias petrolíferas do mundo reagiram de forma "nervosa" ao anúncio do marco regulatório.

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