terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dilma: 64% dos investimentos para pré-sal ficarão no Brasil

Dilma: 64% dos investimentos para pré-sal ficarão no Brasil.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira que, com a exploração do petróleo encontrado na camada pré-sal, aproximadamente 64% das compras de equipamentos e investimentos para esses projetos deverão ser brasileiros e ficarão como benefícios para o mercado interno. Ao contrário de governos passados, disse a ministra, o objetivo não será importar plataformas, sondas e navios.
"Dos investimentos (para a exploração do pré-sal) relacionados a projetos no País, cerca de 64% serão colocados junto ao mercado fornecedor local, levando a uma média anual de colocação de US$ 20 bilhões. A situação anterior máxima chegou a US$ 12 bilhões. O governo começou a fazer isso já em 2003, quando ressuscitou a indústria naval brasileira, quando obrigamos a um maior recurso local e a fazer investimentos aqui", disse a ministra ao participar de reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
"Nada mais estamos fazendo do que aprofundando uma coisa que já estávamos fazendo, só que agora é um desafio muito maior. A gente pode e deve combinar o combate à pobreza (...) com uma política agressiva de fortalecimento da indústria nacional brasileira. Essa duas coisas são siamesas, elas fazem sentido e uma puxa a outra", afirmou ela.
Ao comentar o marco regulatório do pré-sal proposto pelo Executivo ao Congresso, a chefe da Casa Civil disse que os recursos a que a União terá direito a partir da exploração do insumo devem ser aplicados no fundo social de combate à fome e à pobreza e em projetos educacionais, culturais e de ciência e tecnologia.
"Não podemos achar que estamos imensamente ricos e sair por aí gastando. Temos de apostar basicamente no futuro. Nós, de qualquer jeito, temos que combater a pobreza. O pré-sal pode nos antecipar a isso. De uma certa forma trata-se de resolver o passado e trazer o passado para o presente", afirmou a ministra.
"Para o futuro, (temos que) garantir educação. É impossível não perceber que a educação qualificada tem uma parelha que a acompanha, que é a valorização da nossa cultura e da economia do conhecimento, que é a pesquisa e a inovação. Não basta ter o pré-sal e o Brasil está automaticamente desenvolvido. Não está. Implica em uma decisão política de transformar a riqueza física em riqueza social e humana", disse Dilma na reunião.

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