sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PT paulistano rejeita Kassab ‘aliado’

Enquanto Gilberto Kassab (DEM) estuda a migração para PMDB ou PSB, aliados do PT no governo federal, e negocia espaços com PDT e PC do B, integrantes da base de apoio de Dilma Rousseff, a Executiva municipal petista na capital decidiu dar, ao menos no papel, um “chega para lá” na tentativa de aproximação do prefeito. Em resolução aprovada na terça à noite, o partido disse “reafirmar posição de oposição a Kassab” e negou “negociações” com o democrata – nos bastidores, comenta-se que ele já estaria costurando acordo pelo qual apoiaria candidato petista à Prefeitura em 2012, em troca de ter a sigla ao seu lado na corrida ao governo em 2014.

“Não existe nenhuma ‘negociação’ com o atual prefeito, pois temos claro que existem concepções e projetos totalmente distintos para a cidade”, informou a nota da Executiva. Embora não apontem se a aproximação do prefeito da base de Dilma tenha participação de petistas, integrantes da legenda na capital reclamam de colegas de sigla em Brasília que, na avaliação deles, estariam “estimulando” articulações em torno do prefeito. “Ainda nem sabemos se ele de fato vai deixar o DEM, e, principalmente, o grupo político do (tucano José) Serra”, afirma um deles.

A Executiva petista ainda decidiu, na reunião, que lançará candidato próprio à Prefeitura. Nesse caso, segundo integrantes do partido, o objetivo é conter outra especulação de bastidores: a de que o deputado federal Gabriel Chalita (PSB) teria apoio petista para concorrer à sucessão de Kassab. Da mesma forma que no caso do prefeito, petistas paulistanos reclamam da ação de colegas de partido estimulando Chalita.

Kassab tem negociado com comunistas e pedetistas. No primeiro caso, o PC do B municipal aceitou a oferta do prefeito de comandar secretaria voltada para a organização da cidade visando a Copa de 2014. São cotados para a pasta a ex-secretária de Esportes de Marta Suplicy, Nádia Campeão, e o ex-vereador Alcides Amazonas.

No caso do PDT, a oferta é de espaço na Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, que, no futuro, seria desmembrada, deixando Trabalho apenas com os pedetistas – o sindicalista Luiz Antonio Medeiros é o cotado para a cota da sigla.

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