domingo, 7 de novembro de 2010

Dilma Jane: “Tentaram ganhar na base da calúnia, mas não pegou”

Passada as eleições o jornal O Globo "descobre" o lado humano e familiar da presidente eleita Dilma Rousseff, e entrevistou por telefone a mãe dela, Dilma Jane, de Belo Horizonte.

Ao atender o telefonema e ao ser perguntada se era dona Dilma que estava falando, respondeu de pronto: “É a Dilma Rousseff. A verdadeira Dilma Rousseff sou eu, a Dilminha é Dilma Vana”.

Globo – Dilma lhe deu muita preocupação?
Dilma Jane - Dilminha nunca me deu trabalho. Toda filha escuta a mãe. Só não escuta mais quando não precisa. As preocupações começaram quando ela foi defender o país contra a ditadura. Eu não sabia de nada. Só fiquei sabendo quando ela foi presa. Nunca falei nem pedi para ela deixar de fazer as coisas dela. Quando descobri, ela estava naquilo e presa.

Globo – Como foi conviver com a filha na prisão?
DJ - O primeiro mês fiquei inteirinho em São Paulo. Mas tive que voltar para Belo Horizonte, porque tinha a minha outra filha, que era doente. Depois, durante três anos, eu viajava todo sábado de manhã para São Paulo e voltava no domingo. Eu levava mantimentos para que elas fizessem sua comida. Eu levava queijo, a Dilminha gostava muito. Também levava livros, só os que podia comprar, que eles autorizavam. Romances e livros técnicos.

Globo – Como era voltar e deixar a filha presa?
DJ - Voltava com o coração partido. Era como um calvário para as mães. Agora passou tudo, ficou pra trás, ela é a presidente do Brasil. Nunca pensei nisso!

Globo – Alguma vez viu o corpo da Dilma machucado pela tortura?
DJ - Nunca! Eu morreria se visse. Quando a reencontrei, a Dilminha tinha sido torturada por 21 dias. Mas não vão torturar a pessoa e mostrar as marcas para a mãe ver, né? Quando a gente se encontrava, não conversávamos sobre isso. Se ela falasse eu morria! A Dilma só falou sobre torturas depois. Eu procurava sempre fazer visitas alegres, contava causos da família, coisas que a divertissem, que dessem um toque diferente daquilo tudo.

Globo – Ficou magoada com a campanha?
DJ - Mágoa de jeito nenhum! Isso faz mal. Prefiro falar que acabou, passou. Agora vamos pensar só em coisas boas. Não têm o que fazer! Queriam ganhar com base na calúnia e difamação! Mentira não leva a nada, tanto que perderam. Quiseram botar até o Papa no meio. Não é brincadeira, não. Sobrou até para mim, disseram que eu não era católica. Falaram tanta besteira… Isso é tão simplório. Falar que a Dilminha matava criancinha? Que é isso? Falar uma asneira dessas… Parece que estamos na Idade Média. Amolaram bastante, mas agora estão calados. Não pegou.

Globo - O que diz aos que não votaram em Dilma por medo de seu passado de guerrilheira?
DJ - Vai me enganar que estão com medo mesmo? A Dilminha não vai bater em ninguém, só trabalhar para ajudar os pobres.

Globo - Encomendou roupa para a posse?
DJ - Estou tão alegre que nem tenho tempo de pensar nisso. Mas a preidente Dilminha vai tomar posse muito elegante... (Do Globo)

2 comentários:

  1. Compaheirada,

    Meu nome é Maria de Lourdes Lôbo ramos. Sou jornalista de formação mas trabalho como secretária municipal de Assistência Social do município de Lauro de Freitas, Bahia. Mais que isso, sou militante do Partido dos Trabalhadores, desde 1980. Gostaria de arregimentar companheir@s para a defesa permanente da nossa companheira PRESIDENTA Dilma no exercício da Presidência da República. Estou atenta aos ataques à nossa companheira e sei que não irão cessar. Portanto, penso que precisaremos estar junt@s sempre!

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  2. Observação: no twitter eu sou LL_lobo e twitei a valer durante toda a campanha.

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