terça-feira, 19 de outubro de 2010

Intelectuais e artistas se unem em ato pró-Dilma


O sucesso de público no evento de apoio de artistas à candidata Dilma Rousseff (PT), lotou o teatro Oi Casa Grande, na zona sul do Rio. Parte do público assistiu ao discurso dos artistas e da Dilma do lado de fora, num telão que por vezes falhou.

A candidata do PT, Dilma Rousseff, recebeu ontem o apoio de cerca de 3.000 intelectuais, artistas e integrantes do movimento jovem no Rio.

Dilma disse ter sido formada na vida política sofrendo derrotas. "Tenho orgulho, foram derrotas de luta correta. Perdendo, ganhamos capacidade para resistir."

Seu discurso tentou marcar diferença das gestões do ex-presidente FHC (PSDB).

"Tiramos 28 milhões de pessoas dVolta ao passado. Personalidades da música, da política, atores e intelectuais se encontraram no Teatro Casa Grande para dar apoio a candidata petista à Presidência da República como foi feito na campanha de Lula

 Com a rara presença do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que só perdeu em aplausos para o arquiteto Oscar Niemeyer, mais de mil artistas, intelectuais e militantes reuniram-se ontem em um ato em apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no Teatro Casa Grande, tradicional ponto de encontro e espetáculos da esquerda carioca, na zona sul do Rio. Os manifestantes entregaram à Dilma um documento com mais de 10 mil assinaturas, muitas delas de eleitores de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no primeiro turno.

Volta ao passado. Personalidades da música, da política, atores e intelectuais se encontraram no Teatro Casa Grande para dar apoio a candidata petista à Presidência da República como foi feito na campanha de Lula


Chico Buarque fez um rápido pronunciamento com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai", disse Chico, muito aplaudido pela plateia. Antes de falar, Chico mostrou-se surpreso: "Pensei que fosse ficar apenas como papagaio de pirata do Boff", brincou.

A presença de Niemeyer, de 102 anos, que chegou em cadeira de rodas e ficou durante todo o ato público no palco, foi saudada, entre muitos outros, pelo teólogo Leonardo Boff: "Hoje pela manhã eu pedi um sinal a Deus. Se Oscar Niemeyer for ao encontro será um sinal infalível que a vitória está garantida", contou. Neste momento, o arquiteto foi ovacionado pela plateia que gritava seu nome. Boff, citou a solidariedade como uma marca do governo Lula que será mantida por Dilma Rousseff, se for eleita.

O teólogo também fez uma referência indireta à onda de informações sobre um suposto apoio de Dilma à legalização do aborto e rejeição à união civil de homossexuais. "Se com Lula a esperança venceu o medo, com Dilma a verdade vai vencer a mentira", afirmou Boff. Em referência ao candidato do PSDB José Serra, Boff afirmou que "o projeto que se articula com a privatização e com os negócios encurta a população brasileira e não podemos permitir que ele volte".

Entre os artistas presentes estavam as cantoras Alcione e Beth Carvalho, os atores Osmar Prado e Paulo Betti, os diretores José Celso Martinez Corrêa e Ruy Guerra e os escritores Fernando Morais e Eric Nepomuceno. Foram também à manifestação, os ex-ministros Márcio Thomaz Bastos, Humberto Costa, Edson Santos e os atuais José Gomes Temporão, Nilcéa Freira e Juca Ferreira.

No Teatro Casa Grande, os manifestantes viveram um clima de volta ao passado, relembrando grandes encontros de artistas em torno do petista Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido nas campanhas desde 1989 até a vitória em 2002. Dilma foi aclamada com adaptações de velhos jingles como "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma".

Em seu discurso, Dilma procurou marcar as diferenças de sua candidatura e a de Serra: "Nós não achamos que crescimento social é uma alegoria de mão ou um anexo. É isso que nos distingue radicalmente dos nossos adversários", afirmou. Dilma insistiu no discurso de que os tucanos retomariam o processo de privatização se voltassem ao poder. "O que está em questão nessa eleição é o que eles farão com o pré-sal e também com a Petrobrás. A Petrobrás (no governo Fernando Henrique Cardoso) era para ser partida, esquartejada e ter suas partes vendidas", disse.

A candidata exaltou como característica do povo "a capacidade de conviver com a diversidade religiosa e racial". "Não somos um país que desfila ódio", discursou Dilma. A candidata disse que 28 milhões de pessoas saíram da pobreza no governo Lula. "Não é um dado que pode ser alvo de disputa eleitoral".

Além do manifesto de artistas e intelectuais, a petista Dilma Rousseff recebeu outros dois documentos de apoio à sua candidatura - um organizado por advogados e outro por religiosos.

4 comentários:

  1. Lucia Gomes de Almeidaterça-feira, 19 outubro, 2010

    DO BLOG O RECÔCAVO- DIZEM QUE A GRAVAÇÃO FOI FEITA EM MURITIBA BAHIA.

    Denúncia: militante do PSOL denuncia campanha suja na Bahia
    João Paulo Fraga Diniz Guerra mora em Salvador. João é militante do PSOL e votou em Plínio Arruda, no primeiro turno. No segundo turno, João Guerra garante: votará nulo.

    Nesta segunda-feira (18), João Guerra foi surpreendido em sua casa por uma ligação telefônica, aonde uma gravação anônima trazia pesadas críticas à candidata Dilma Rousseff (PT) e fazia referências à Erenice Guerra.

    João revela que, no final da gravação, era transmitida a seguinte mensagem: “Dilma disse que não sabia. Você acredita?”.
    João Guerra resolveu denunciar a ilegalidade e, por telefone, concedeu esta entrevista ao nosso blogue.
    Para ouvir a denúncia, aperte o play.

    Todas as cidades do Recôcavo baiano amanheceu com essa gravação nos telefones fixo. Só na casa da minha mão já recebeu 2 ligações uma ontem e outra hoje.
    Busquem providencias junto a oi

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  2. Pra que gastar um saco de dinheiro,
    pra comprar um kilo de feijão?
    Deixa a Dilma me levar,
    Dilma leva eu,
    Deixa a Dilma me levar
    Dilma leva eu.

    Que todo mundo cante dia 31/10. Espero que essa versão de Beth Carvalho faça parte dos próximos programas de Dilma. É Dilmais!

    E a minha versão anti-tucana:
    Deixa a vida me levar, Dilma leva eu,
    E o Brasil a prosperar
    Sem botar no meu...

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  3. Gostaria de ver a lista completa seria interessante.

    Até mais.

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  4. Precisamos continuar mudando, acredito que não podemos interromper agora, logo agora...que estamos conquistando tantas coisas, porque há tantas outras para conquistar. Precisamos continuar... Precisamos dizer não a uma campanha sem ética.

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