Ao participar ontem em São Paulo de um encontro com dirigentes de movimentos sociais, a ministra Dilma Rousseff, disse que não deixará de acompanhar oPresidente Lula nas viagens para inauguração de obras. A ministra afirmou que as críticas à sua presença ao lado de Lula representam um preconceito contra a mulher na política.
Eu posso ir para a cozinha, cozinhar os projetos. Agora, na hora de servir, não posso nem ver? - perguntou a ministra aos jornalistas.
Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes criticou a viagem da caravana do governo durante a inauguração de obras de transposição do Rio São Francisco, afirmando que a programação oficial do governo não pode ser confundida com o vale-tudo eleitoral.
A ministra lembrou que coordena vários projetos do governo e diz que não vê nexo nas críticas apontando que ela não deveria andar pelo país ao lado do presidente Lula inaugurando obras.
Eu não caí do céu e apareci na Casa Civil. Estou lá desde julho de 2005 - disse a ministra.Dilma não comentou as notícias sobre a possibilidade de permanecer no cargo até o encerramento do prazo legal.A impressão que tenho é que essa é uma discussão que está antecipadíssma - disse Dilma.
Na avaliação da cúpula petista ela deveria sair do posto em fevereiro.Dilma garantiu, no entanto, que não discutiu o assunto com o PT, nem com o governo. A ministra pretende permanecer no cargo até o último dia permitido pela legislação eleitoral para ocupar espaços nos veículos de comunicação.
A ministra elogiou o acordo firmado na semana passada entre os líderes do PT e PMDB para repetir no ano que vem a aliança que elegeu o presidente Lula para dois mandatos. Quanto mais cedo os partidos conseguirem fazer acordos de maneira programada, melhor para o País - afirma Dilma.
Sobre o MST, a ministra preferiu fazer uma comparação entre os governos Lula e do ex-presidente Fernando Henrique pela reforma agrária para dar uma resposta ao MST.
Segundo ela, Lula desapropriou, entre 2003 e 2008, mais de 43 milhões de hectares de terra. - Os movimentos sociais e a população vão saber, na hora importante, na hora H, quem está a favor deles e quem não está - lembrou.
O presidente do PT condenou a oposição e a bancada ruralista, que conseguiram emplacar, na semana passada, a CPI que vai investigar transferências de dinheiro público para o MST e seu suposto uso em invasões de terra. - A gente sabe que a CPI quase sempre vira um palco de disputa política em ano pré-eleitoral, nesse caso com vistas à eleição de 2010 - afirmou.
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