Apenas 16% dos eleitores atribuem a pessoas ligadas à campanha de Dilma Rousseff (PT) as quebras de sigilo fiscal de parentes e tucanos amigos de José Serra (PSDB). E, mesmo entre esses, 1 em cada 3 continua declarando voto na petista. No limite, apenas 10% dos eleitores brasileiros poderia não votar em Dilma por enxergar uma eventual participação sua no caso. O mais provável, porém, é que esses 10% já não votassem na petista.
A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra que o caso da violação de sigilo não atrapalhou Dilma nem beneficiou Serra: 74% disseram que o episódio não interferiu na sua intenção de voto e 19% nem souberam responder. Apenas 2% do eleitorado disse que o caso o fez mudar de voto. E outros 5% que estão repensando. Os porcentuais, porém, são equivalentes quando cruzados pela intenção de voto. Ou seja, se Dilma perdeu 2% de um lado, ganhou outros 2% de outro.
Primeiro, o Ibope inquiriu os eleitores sobre o quando ficaram sabendo do episódio: "Tomou ou não conhecimento das denúncias de quebra de sigilo de dados da Receita Federal?" Só 48% responderam que sim. Para essa metade do eleitorado que ficou sabendo do caso, o Ibope perguntou sobre seu grau de interesse no assunto: 58% responderam que tinham pouco ou nenhum interesse. No fim das contas, apenas 10% do total do eleitorado se disse "muito interessado", e outros 10% com "algum interesse". A pesquisa foi além, e tentou avaliar o quanto as pessoas compreenderam de um episódio tão complexo. Metade nem ficou sabendo. Da outra metade, apenas 2 em cada 3 responderam que as "pessoas que tiveram seu sigilo fiscal quebrado são amigos ou parentes" de Serra. Isso significa que só 32% do total de eleitores entendeu que o tucano era a vítima da história. E, mesmo entre esses, a maior parte ainda vota em Dilma.
O Ibope perguntou quem estaria por trás da quebra do sigilo, na opinião do eleitor. Só 32% da metade que soube do caso apontou pessoas ligadas à campanha de Dilma como responsáveis. Ou seja, 16% do total. Finalmente, o instituto pediu para o eleitor avaliar, na troca de acusações entre Serra e Dilma, "qual dos dois está agindo de maneira mais correta até agora em relação a este caso". Para 10%, nenhum dos dois. Outros 28%, disseram que Dilma se porta melhor, e 18%, Serra. Mas na sua maior parte são os eleitores de ambos que puxam a sardinha para seu lado. O imbróglio ajudou Marina Silva (PV). Pelo menos 1 ponto porcentual dos 3 que ela ganhou nas últimas duas semanas vieram diretamente do caso. São eleitores que tomaram conhecimento da quebra de sigilo, têm interesse no assunto e acham que nem Dilma nem Serra estão agindo corretamente. Há outros sinais de benefício da candidata verde. Marina cresceu entre os eleitores de nível superior. Nesse grupo, 79% tomaram conhecimento do caso, e a maioria está interessada no assunto. No fim das contas, 68% dos mais escolarizados sabem e se interessam pela quebra de sigilo.Estado
Olá.
ResponderExcluirMeu nome é Paulo Sérgio, tenho 28 anos, e sou eleitor do PT há 12. Meu endereço é correio9753@yahoo.com.br. A consolidação deste momento histórico é algo muito importante - uma mulher vai ser presidente do Brasil.
Sobre a notícias, não deixa de ser engraçado - a importância que a população dá à essa baboseira toda é proporcional à que a grande imprensa dá à quebra de sigilos por parte da filha do Serra, coisa que só a Carta Capital se deu ao trabalho de fazer. Faz parte do show (deles).
Gostaria de deixar uma sugestão de site: o blog Agora é Tudo Culpa da Dilma, uma sátira à revista Veja:
www.agoraetudoculpadadilma.blogspot.com
Obrigado,
Paulo