Escondida atrás do balcão de check-in de uma companhia área, a Sala VIP da Câmara dos Deputados no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, será reformada nos próximos meses. O projeto prevê a divisão da área de 43 metros quadrados em um espaço para reuniões e outro, com sofás e uma televisão de LCD. Apesar de a Casa afirmar que é apenas uma “sala de apoio”, e não uma “área VIP”, como aquelas oferecidas pelas companhias áreas, a ideia é atrair mais parlamentares. Deputados que utilizam as instalações reclamam da falta de privacidade e da estrutura precária para o trabalho. Outros desconhecem o espaço, apesar das despesas mensais com aluguel e infraestrutura.
Para chegar à sala, é preciso passar por um estreito corredor e subir uma escada. O local tem quatro sofás que ocupam quase todo o espaço, além de um aparelho de TV de 20 polegadas, fax, computador, telefone e uma pequena copa. O pregão eletrônico prevê a compra de divisórias, tapete, estantes, três sofás, seis poltronas e sete cadeiras giratórias. O valor ainda não foi fechado.
Trabalham na sala seis servidores da Câmara. Eles se revezam entre 7h e 23h. Ontem, apenas um estava no local. A informação é de que eles ficam, na maior parte do tempo, circulando pelo aeroporto. Além de receber parlamentares e convidados, entre lobistas e prefeitos, os funcionários trocam passagens, em caso de problemas, despacham a bagagem e até negociam com as companhias áreas a espera de um parlamentar menos pontual.
Não é só a Câmara dos Deputados que mantém salas de apoio no aeroporto. A do Senado é mais modesta, com 28 metros quadrados. O Judiciário também mantém salas VIP no aeroporto. A área do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fica no setor de embarque, com acesso restrito aos passageiros que vão viajar. O maior espaço, porém, é mantido pelo Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty possui uma sala de 117 metros quadrados. O termo VIP vem do inglês — very important person —, e significa “pessoa muito importante”Correio
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