Ao comparecer à festa de um ano da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, o Presidente Lula prometeu para os índios levar energia elétrica à região e avisou que pretende voltar ao local até setembro, antes das eleições.
"Anotem na agenda. Eu, o ministro Temporão (da Saúde) e o nosso querido presidente da Funai voltaremos aqui para saber de tudo o que nós falamos", garantiu o presidente.
Lula disse que que é preciso fazer "mais" pelos índios e sobre vaga-lume ao citar a estrutura temporária - com luz e banheiro - montada para recebê-lo ontem. "Na hora em que eu virar as costas, vocês vão ficar no escuro outra vez, como se eu fosse um vaga-lume", comparou.
O Presidente disse ainda. "Eu já pedi para o companheiro Jucá (senador) ligar para o governador e dizer para deixar essa luz, porque chegando em Brasília vou mandar o ministro de Minas e Energia vir aqui para resolver esse problema", assegurou à plateia que o assistia sob o sol forte.
O governador de Roraima citado por Lula é o tucano José Anchieta Júnior, que defende a demarcação em ilhas e a permanência dos não-índios na região - ao contrário da decisão do Supremo Tribunal Federal.
Lula conversou com lideranças indígenas, passou boa parte da solenidade com uma indiazinha no colo, usou um cocar azul e plantou uma árvore. Ganhou um arco e flecha e ensaiou uma brincadeira de apontá-lo para os fotógrafos e cinegrafistas.
Ao reiterar que é preciso fazer mais pelos índios, Lula afirmou que quem estava dizendo aquilo não era o presidente da República cobrando de ninguém, "É o presidente da República cobrando dele mesmo. Nós precisamos fazer mais. E precisamos fazer cada vez mais."
O Presidente se queixou das críticas e dos outdoors espalhados em Boa Vista contra seu governo, por ter feito a demarcação contínua das terras indígenas e a expulsão dos não-índios das terras de Roraima.
"Era como se nós fôssemos o demônio, porque diziam que a gente iria tirar a terra que Roraima precisava para produzir" disse. "Um Estado com tanta terra ainda sem produzir, alguns queriam exatamente a terra que não era deles, que era dos índios."
Marco histórico. O presidente insistiu que "a demarcação representa um marco histórico, pela extensão da terra, pelos interesses envolvidos e pelos obstáculos que precisaram ser vencidos". Afirmou ainda que evitou ir antes ao local por causa da divergência que se estabeleceu no Estado de Roraima.
PLIN PLIN .. FICA PRÁ PRÓXIMA
ResponderExcluirFOI UMA TENTATIVA DE QUASE-GOLPE
19.4.10 - do Blog DoLaDoDeLá
Os bastidores do quase-golpe
Da série ficção, a preferida dos internautas. Começou com um telefonema de um ator consagrado para o diretor do núcleo.
Ele estava irado com a peça promocional que foi ao ar na noite de Domingo. Era um institucional de trinta segundos em que ele dizia apenas duas palavras.
Mas a montagem induzia o telespectador a acreditar que se tratava, não de uma campanha de aniversário da maior emissora de televisão do país, mas um mosaico grosseiro cujo slogan "a gente faz senpre mais" é uma clara alusão ao do candidato José Serra.
E para corroborar com a leviandade, ainda vinha o número quarenta e cinco assinado na peça, ao lado do logotipo. Ao todo, foram quarenta celebridades entre as turmas das produções, humor, shows, esporte e jornalismo. Achei até curioso a manifestação ter partido de um ator e não de um de nós. Afinal, vendemos a eles apenas nossa força de trabalho, não nossas consciências.
Será? Nem sei mais... O ator foi duro e franco com o executivo da empresa. Se alguma providência não fosse tomada, ele ia aos jornais dizer que foi vítima de manipulação. Era tudo o que a emissora não queria ouvir nessa altura do campeonato. Ainda que seu candidato pudesse ser o mesmo que o da emissora, ele jamais se sujeitaria a trabalhar naquelas condições.
E antes de desligar, avisou: Eu não estou sozinho. O diretor pediu paciência, disse que ia encontrar uma saída. Pensou em quem confiar num momento desses de conflito: talvez um executivo que tivesse bom transito com o jornalismo. Afinal, foi coisa dos herdeiros da Corte do Cosme Velho, incentivados pelo Guardião da Doutrina da Fé, pensou.
Assim que amanheceu propôs o encontro ao executivo que considerou ser hábil o bastante para apagar o fogo. Nisso a internet já fervilhava. Pressões vinham de todos os lados, a opinião pública, os patrocinadores, os políticos, os amigos. É preciso convencer a direção de que foi um tiro no pé. Mas como fazer isso? Juntando argumentos. E lá foram os dois tentar convencer os acionistas de que aquilo fora um erro.
Os artistas respeitam os interesses comerciais e políticos da emissora, mas consideram que não cabe a eles exercer esse papel institucionalmente. O artista é o vendedor de sonhos e ilusões para todos, não só para um determinado grupo político. Afora os artistas, tem os jornalistas que emprestam sua credibilidade à emissora. Ações assim pode arranhar para sempre esse vínculo com o telespectador.
E assim foram as tratativas durante toda a tarde. Ok, mas qual seria a solução? Pensaram em várias. Ao final do encontro triunfou aquela que diz assim: "O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado - comprovadamente - em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans.
Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada. Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme." Esta noite não vai ser boa, nem para o Guardião, nem para a Central de Comunicação, e muito menos para o patrão. Nós aqui fora sabemos de tudo! O Povo não é bobo. Fiquem espertos.
http://maureliomello.blogspot.com/
É isso aí, Presidente Lula. O que o senhor fez e falou é um motivo de orgulho para nós brasileiros que queremos um Brasil mais justo e para todos. Cada vez admiro mais a sua coragem e competência.
ResponderExcluirOs índios realmente precisam ser mais respeitados e cuidados pelo poder público.eles precisam de mais escola, saúde,comida e luz, como senhor mesmo falou.
Temos uma dívida histórica para com os índígenas assim como para com os negros. O que for feito por eles ainda será pouco.
Saudações,Presidente. A luta continua...