A taxa de desemprego em fevereiro foi a menor da história para o mês em todas as seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O menor nível foi observado em Porto Alegre, com 5,1% de desocupação. No total das seis regiões metropolitanas, a taxa de desocupação foi de 7,4%, também a menor para um mês de fevereiro na história da atual série, iniciada em março de 2002. Em janeiro, a taxa foi de 7,2%, e em fevereiro do ano passado, de 8,5%.
De acordo com o gerente da PME, Cimar Azeredo, a grande expectativa para março é em relação ao comportamento da taxa de desocupação no Rio, que atingiu 5,6% em fevereiro. O Rio, segundo Azeredo, demora mais a registrar a subida do desemprego depois das festas de fim de ano, uma vez que as contratações temporárias são mantidas na capital fluminense por conta das férias e do Carnaval.
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Azeredo explicou que o resultado de março, caso mostre a inflexão da curva de desocupação, com a redução do desemprego, pode apontar para boas expectativas ao longo de 2010, enquanto uma alta significativa pode acender o sinal amarelo. Por enquanto, os dados de fevereiro mostram bons sinais, com taxas próximas do mínimo histórico em algumas regiões metropolitanas.
"Estamos em outro patamar de desocupação. Rio e Porto Alegre apresentam taxas semelhantes ao mercado americano antes da crise", frisou Azeredo. "O mercado está absorvendo a mão de obra temporário, ao menos por enquanto."
Ele destacou ainda que houve, no mês passado, a criação de 725.051 vagas no mercado da seis regiões metropolitanas, na comparação com igual mês do ano passado, o que representa uma alta de 3,5%. O número representa o melhor resultado para um mês de fevereiro nesse tipo de relação desde o início da série histórica. O recorde anterior era de 637.411 vagas novas em fevereiro de 2008.
Outro destaque foi a criação de empregos formais, que subiu 6,4% na comparação com fevereiro do ano passado, o que significou 598 mil vagas a mais com carteira assinada nas seis regiões metropolitanas. O resultado é recorde tanto na variação absoluta, quanto no crescimento percentual para um mês de fevereiro. "O percentual forte que entrou no mercado de trabalho foi de emprego com carteira. Uma parte expressiva das 725 mil vagas criadas foi de emprego com carteira", ressaltou Azeredo.Valor
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