quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PSDB parte para baixaria para tentar deter o crescimento da ministra Dilma Rousseff

Numa demonstração de que o ano eleitoral já começou, o PSDB partiu para ofensiva para tentar deter o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) registrado no último Datafolha. Antes acomodados numa confortável liderança, tucanos mudaram de estratégia e até entraram com duas representações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para impedir a exibição do programa do PT em maio.

Nelas, o PSDB acusa o PT de "terrorismo eleitoral", propaganda antecipada e promoção pessoal de Dilma no programa partidário veiculado em dezembro. A propaganda eleitoral só é permitida a partir de julho.

Numa das representações, o PT é também acusado de incitar o preconceito de classe, ao afirmar que tucanos "separavam o que consideravam coisa de pobre e coisa de rico".



"Para eles, apenas os ricos pareciam ter o direito de ser feliz", dizia a propaganda, após listar carne e carro como "coisa de rico" e desemprego e escuridão como "coisa de pobre".

Segundo a representação, o PT feriu o Código Eleitoral, segundo o qual "não será tolerada propaganda de preconceitos de raça ou de classes".

Estratégia

As representações foram apresentadas no último dia útil de 2009, 19 dias após o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmar que não daria resposta ao programa exibido em 10 de dezembro.

"Todos foram consultados. Examinamos as peças e chegamos à conclusão de que é propaganda de cabo a rabo", justificou Guerra, um dia depois de um almoço em que o PSDB discutiu estratégias para neutralizar o discurso otimista do PT.

No almoço, o comando do PSDB reclamou de campanhas publicitárias de empresas públicas e privadas exaltando o desempenho do governo Lula.

Questionado sobre a diferença entre a propaganda do PT e a do PSDB -monopolizada pelos governadores José Serra e Aécio Neves-, o advogado do PSDB, Afonso Ribeiro, afirma que o partido exalta a administração tucana, mas não faz menção à eleição.

Protagonizados por Lula, o programa em bloco e uma inserção são alvo das representações. Na inserção, o presidente diz que a consolidação das leis sociais não é garantia de que "ninguém vai poder mexer nas conquistas do povo" após seu governo. "A garantia definitiva quem vai dar é o próprio povo brasileiro, fazendo com que o Brasil siga no rumo certo", diz.

No programa, Lula afirma que Dilma "confirma a regra de que mulher faz tudo com amor, dedicação e competência".

Além de aplicação de multa de até R$ 25 mil, o PSDB pede que o julgamento seja ainda no primeiro semestre deste ano.

Em São Paulo, o PT já apresentou duas representações contra o governador José Serra (PSDB) no Ministério Público Eleitoral por veiculação de propaganda fora do Estado e uma série de entrevistas a programas populares.

O presidente estadual do PT, Edinho Silva, afirmou que a bancada vai requerer informação sobre os gastos do Estado com publicidade no último bimestre de 2009. Só no feriado da virada do ano, foram ao ar sete diferentes campanhas."É só para materializar o que todo mundo já notou: o exagero de propaganda no fim do ano", disse Edinho.Informações da Folha

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