A oposição está mais rachada do que a ponte de Yeda que ruiu.
O ex-presidente Itamar Franco (PPS/MG) apoia Aécio Neves desde que ele candidatou-se a governador, entrou no PPS, e praticamente manda Roberto Freira calar a boca, sobre decisões da política mineira. O ex-presidente critica o PSDB, antevê derrota da oposição, e elogia a campanha de Dilma.
Alguns trechos:
Mas o presidente de seu partido, Roberto Freire, defende uma chapa puro-sangue tucana, com Aécio como vice?
O Roberto Freire tem uma posição que não é a minha. Vamos discutir isso, possivelmente, dia 25. O desejo do Aécio de não querer ser vice é muito pessoal. Então, ninguém pode dar mais palpite. Exatamente porque o governador foi muito enfático. Este é um assunto que cessou. Vou dizer que o partido não se envolva em solicitar que ele seja vice.
O que o senhor pensa da decisão do governador de desistir do Palácio do Planalto?
Hoje, a decisão é definitiva e acho que Minas só tem a lamentar isso, que ocorreu pela condução do PSDB paulista.
Com o Senhor avalia a postura do tucanato paulista, que pretende definir o candidato à Presidência só em março?
Uma candidatura presidencial tem que ser trabalhada. Não pode ser voo solo. Tem que se organizar e somar com outros partidos. Acho que o PSDB está ficando numa situação muito difícil. A oposição vai ter muitas dificuldades. A posição paulista vai atrapalhar o processo eleitoral da oposição. Só estranho que o PSDB quer forçar o Aécio a ser vice e não faz o Serra assumir a candidatura. É um jogo estranho.
O que pensa da postura dos tucanos, anunciada esta semana, que prometeram elevar o tom das críticas ao governo Lula?
Vamos aguardar, por enquanto, eu não vejo nada. Por enquanto, estou vendo um discurso vazio [da oposição]. Vazio, porque não tem a peça principal que é o candidato. Eles perderam o governador Aécio e estão sem candidato, correndo risco de perder por WO. Os tucanos estão numa situação muito difícil de levar qualquer discurso, quando não tem quem vai levar este discurso. Se compreendessem física, veriam que o vazio é bem complicado.
Qual deve ser a estratégia da oposição numa campanha política em que a concorrente Dilma (PT) está subindo nas pesquisas, aproveitando-se da popularidade de Lula?
A oposição tem que correr. A gente costuma dizer em física que é preciso ter a velocidade inicial (Vo). Os tucanos não tem tido velocidade inicial para enfrentar a Dilma. Se eles não estão nem com a Vo, então imagine. Ela já passou da velocidade inicial. Leia a íntegra aqui.
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