Autoridades dos três níveis de governo se comprometeram nesta quarta-feira com um investimento de 20,1 bilhões de reais para diversas obras visando a Copa do Mundo de 2014, principalmente em projetos de mobilidade urbana.
O Presidente Lula e os governadores e prefeitos das 12 cidades-sedes do Mundial assinaram em Brasília a chamada matriz de responsabilidades para a Copa 2014, que define quais serão os encargos de cada ente federativo na preparação para o evento.
A maior parte dos recursos será destinada aos projetos de transporte, que receberão mais de 11 bilhões de reais. Também haverá investimentos em obras em aeroportos, portos, rede hoteleira, terminais turísticos e reforma e construção dos estádios.
"O primeiro pacote de investimento para melhorar a infraestrutura brasileira (para a Copa) já tem aproximadamente 20 bilhões de reais", disse a jornalistas o ministro do Esporte, Orlando Silva. O montante não inclui os investimentos necessários para a segurança do torneio.
Segundo o ministro, o governo vai lançar ainda este ano um programa específico para a proteção da Copa do Mundo, que também contará com participação dos Estados e municípios envolvidos no Mundial.
No caso dos estádios, que inicialmente não receberiam verba pública para as obras da Copa, o governo já havia anunciado no ano passado que 4,8 bilhões de reais serão emprestados pelo BNDES para as 12 arenas, com limite de 400 milhões de reais para cada projeto.
O Presidente Lula defendeu que todos os projetos para o Mundial sejam bem discutidos pelas autoridades e que haja celeridade nos processos de execução e fiscalização relativos ao Mundial, que já tem data marcada para começar -- junho de 2014.
Lula ainda cutucou a Fifa pelas extensas exigências solicitadas para a Copa do Mundo, que vão desde um número mínimo de quartos de hotel nas cidades até estádios de última geração para a realização das partidas.
"A gente não precisa acreditar em todas as exigências que os gringos fazem", disse. "Nós temos uma realidade, queremos fazer o nosso melhor para a Copa do Mundo, mas somos um país que tem a nossa característica e a nossa realidade".
O acordo assinado entre os governos tem como objetivo evitar uma repetição dos problemas enfrentados pelo governo federal por ocasião dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, quando a União teve que cobrir buracos deixados pela não execução de obras que eram de responsabilidade do Estado e do município.
O pacto estabelece ainda um cronograma para o andamento e entrega de obras a serem realizadas nas 12 cidades escolhidas pela Fifa para receber partidas da Copa do Mundo: Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA).
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