A Rodovia dos Tamoios, com 83 km de extensão, tem trechos com sinalização apagada, asfalto esburacado, placas cobertas pelo mato e percursos sem acostamento nem iluminação. Rodovia paulista, privatizada pelo governador tucano José Serra
Os 121 mil veículos previstos para descer a serra entre hoje e amanhã pela Mogi serão distribuídos para a Tamoios e para o sistema Anchieta-Imigrantes. No ano passado, as duas rodovias que levam à Baixada Santista chegaram a registrar 40 km de lentidão, com todas as estradas estaduais em operação. Antes de saber da interdição, a Polícia Rodoviária Estadual estimou que 91 mil veículos passariam pela Tamoios entre hoje e amanhã. Esse número agora é uma incógnita. “Não estávamos contando com isso”, disse tenente Alexandre Sant’Ana.
Os operários responsáveis por cobrir os buracos e podar o matagal que cresce ao longo da rodovia tentavam correr contra o tempo. Eles tinham de preparar a pista para o tráfego incomum esperado na Tamoios nos próximos dias. Só ontem foram nove toneladas de asfalto, para cobrir 400 buracos de todos os tamanhos. “Mas a gente não vence, o certo seria recapear tudo de novo”, disse Roberto Firmino, funcionário de uma empresa contratada pelo Departamento de Estrada de Rodagem (DER). Na descida, o pior trecho de asfalto vai até o km 40.
Pela estrada não há crateras, mas a qualidade da pavimentação é nitidamente pior se comparada às rodovias anteriores, Carvalho Pinto e Ayrton Senna, ambas concedidas à administração privada. “Aqui só vai melhorar depois que privatizar”, disse um inspetor de trânsito do DER.
No trecho de serra, que é o mais perigoso, com curvas sinuosas, o problema não é tanto o asfalto, mas a sinalização. Os olhos de gato estão escondidos pelo mato e as faixas amarelas que separam os dois sentidos da pista estão apagadas em alguns pontos. Sem referência, carros e caminhões invadem a pista contrária. “A gente vai seguindo o fluxo. O pior é à noite, quando a estrada vira um breu”, disse o funcionário público Fernando Tadeu Gonçalves, de 31 anos, que depois de uma semana com a família no litoral preferiu voltar para São Paulo ontem.Embora em toda a extensão haja avisos de fiscalização eletrônica, a Polícia Rodoviária Estadual conta com apenas dois radares móveis. “Rodei três vezes por aqui essa semana e não vi nenhum”, disse o caminhoneiro Edson Batista, de 48 anos.JT
Qual a possibilidade desta rodovia ser privatizada, assim como a Oswakdo Cruz e a floriano Rodrigues Pinheiro ? Sairá ainda este ano a empresa que irá administrar-la ?
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