terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dilma defende candidatura única na base governista

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (6) que a base do governo deve ter apenas uma candidatura para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. É a primeira vez que ela defende uma coalizão de governo em torno de apenas um nome.

“Nós achamos que o governo tem que ter uma continuidade. Não são dois candidatos [que representarão a base], vai ser um candidato que vai representar o governo”, salientou a ministra, ao ser questionada sobre o tema.

A posição contraria o movimento de um dos principais aliados políticos do governo Lula, o PSB, que tem defendido a tese de que Lula terá mais facilidade de eleger um sucessor com mais de uma candidatura dentro da base aliada. O PSB defende que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) também seja lançado, com apoio de Lula.

Dillma se reuniu na noite desta terça-feira com a cúpula do PDT para negociar o apoio do partido para o ano que vem. Pouco antes do início do jantar, o presidente licenciado da sigla, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse ao lado de Dilma que também defende que o governo tenha apenas um candidato 2010 e que ministra é o nome mais adequado para a disputa.

“Isso é uma questão que estamos discutindo [o apoio à ministra Dilma] internamente. Eu não escondo nunca minhas manifestações pessoais, eu penso que o governo tem que ter uma candidatura única, inclusive para dar oportunidade à população de saber que de um lado tem oposição, representada pelo [José] Serra [governador de São Paulo] e o Aécio [Neves, governador de Minas Gerais], e do outro lado penso que tem que ter candidatura única. Para que a população possa avaliar e julgar se deve ter continuidade o governo Lula ou não”, analisou o ministro.

Segundo ele, neste momento a ministra representa a melhor candidatura do governo para as próximas eleições. Dilma foi filiada ao PDT até 2000, quando deixou a sigla para se filiar ao PT.

Dilma disse que já tem se reunido com outros partidos da base aliada. “Eu já encontrei com vários partidos ao longo desse processo todo, já falei com o PCdoB, com o PRB. Inclusive com o PMDB eu tive também ótimas reuniões recentes e com o PTB também, que integra a base do governo”, disse. Agência Brasil

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