terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cresce o gasto com publicidade de José Serra e Aécio Neves. Investimento social de Aécio cai R$ 1,1 bi em ano eleitoral

Os governernadores tucanos de Minas Gerais, Aécio Neves e de São Paulo, José Serra, pretendem aumentar em 21% e 158%, respectivamente, os gastos com publicidade governamental no ano eleitoral de 2010, comparado com 2006.

Naquele ano, quando José Serra se elegeu governador paulista, o Orçamento de São Paulo foi elaborado por seu antecessor, o tucano Geraldo Alckmin, que concorreu à Presidência. Aécio Neves era o governador de Minas e foi reeleito. Agora os dois são pré-candidatos do PSDB à Presidência.

A previsão de gastos para 2010, no caso do governo de São Paulo, ultrapassa a evolução real do Orçamento do Estado desde 2006. Nesse período de quatro anos, o valor total do Orçamento paulista cresceu 26,9%. Já a evolução do Orçamento de Minas foi de 25,1%.

Considerando o valor dos Orçamentos de São Paulo (R$ 125,5 bilhões) e de Minas (R$ 41,1 bilhões) para o próximo ano, a proporção dos gastos com publicidade previstos por Serra e Aécio é exatamente igual: 0,1%.

As comparações com 2006 contemplam os valores reais da propaganda institucional de cada governo, corrigidos pelo IGP-DI. Estão fora desse cálculo publicidade específica, como campanhas na área de saúde ou de segurança.

Serra prevê gastar no próximo ano R$ 119,9 milhões em publicidade institucional, enquanto Aécio prevê gastos de R$ 40,4 milhões, conforme as propostas orçamentárias.(Da Folha)

Investimento de Aécio cai R$ 1,1 bi em ano eleitoral

O governo de Minas prevê investir 10,3% a menos no ano eleitoral de 2010 do que investiu neste ano. É a primeira vez desde que Aécio Neves (PSDB) tomou posse, em 2003, que a proposta orçamentária enviada à Assembleia Legislativa não contemplará reajuste do investimento total do Estado.

A causa é a queda da arrecadação devido à crise internacional. Na proposta, o investimento será R$ 1,13 bilhão menor e não há previsão de reajuste para o funcionalismo.

Nesse quesito, Aécio leva desvantagem em relação a seu concorrente no PSDB, o governador de São Paulo, José Serra, que, pela proposta orçamentária encaminhada ao Legislativo paulista, terá aumento de 6,3%.

Apesar da queda no investimento, o governo de Minas diz que estão previstos aumentos nas dotações orçamentárias de saúde, educação e segurança.
Segundo a secretária de Planejamento, Renata Vilhena, não há previsão de reajuste para servidores porque o montante reservado já está quase no limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O governo já enfrentou dificuldades em 2009 e remanejou R$ 146 milhões para completar a folha salarial dos servidores.

Minas é o Estado que mais perdeu arrecadação com o ICMS devido à queda acentuada na produção dos setores mineral e siderúrgico, carros-chefes da economia mineira. (PP)

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