A ministra Dilma Rousseff disse na abertura do 3º Congresso Nacional de Aquicultura e Pesca durante entrevista que, tratou dos temas da economia, da política e até da política externa, que o Brasil saiu mais forte da crise internacional porque apostou no poder de compra das camadas mais carentes da população. "O PresidenteLula tinha razão ao afirmar que a população mais pobre deste país não seria amedrontada pela crise internacional", Dilma previu um futuro melhor. "Em breve, voltaremos a crescer nos mesmos patamares que crescíamos antes de setembro de 2008".
Dilma disse que, a manutenção dos programas sociais do governo federal deu um impulso extraordinário para ajudar o Brasil a vencer a crise. Diante de representantes da indústria pesqueira - incluindo cooperativas de pescadores de todo o país - a ministra acusou os antecessores de Lula de serem incapazes de olhar para o setor com o respeito que ele merece. "Além de ser uma fonte de alimentação para a população, é um ramo da economia que gera emprego e renda", disse.
Dilma comparou este descaso à falta de atenção que os governos anteriores têm em relação ao petróleo. "São os mesmos que não souberam perceber que o petróleo é, além de uma riqueza natural, uma riqueza social e humana", acrescentou.
Dilma fez questão de ressaltar que o governo rompeu com o receituário do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ela, a cartilha apresentada pelo fundo aos países que enfrentavam turbulências financeiras era sempre a mesma: corte de investimentos e custeio. "Nós mantivemos a política de reajuste do salário mínimo, aumentamos os investimentos em infraestrutura com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), capitalizamos o BNDES e abaixamos as nossas taxas de juros no auge da crise financeira", enumerou.
Ela apresentou aos participantes do encontro um balanço social e econômico do governo, afirmando que foram criados, ao longo dos sete anos e meio de governo Lula, 11 milhões de empregos. Citando dados do PNAD, ela afirmou que 20 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema e 26 milhões de brasileiros ingressaram na classe média. "Podemos dizer, sim, que a economia do Brasil vive um novo momento", exaltou.
Dilma citou a descoberta das reservas de pré-sal a 7 mil metros de profundidade - "para vocês terem ideia, isto representa dez vezes a altura do Corcovado", como mais um marco deste novo momento do país. "O Brasil hoje é muito mais respeitado nos debates internacionais". Para ela, o desenvolvimento do país beneficiará os pescadores, pois terá impacto direto na demanda de pescado. "Estaremos colhendo, nos mares, lagos e rios, tudo o que plantamos nestes últimos anos".
Em entrevista, Dilma defendeu a atuação do governo brasileiro na crise política em Honduras. Em um primeiro momento, disse que não tinha opinião sobre o caso, mas endossou o discurso de Lula contra o governo interino de Roberto Michelletti. "Não apenas o Brasil, mas a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e os Estados Unidos condenaram o governo golpista que está em Tegucigalpa (capital hondurenha)", declarou.
"Derrubar um presidente legitimamente eleito é golpe. Golpe não é relativo. Não vou discutir nem relativizar, pois não cabe ao governo brasileiro fazer isso", completou a ministra.
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