sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Chalita no palanque de Dilma

Vereador mais votado de 2008 avisou Geraldo Alckmin, seu padrinho no PSDB, que deve se filiar ao PSB

O vereador paulistano Gabriel Chalita (PSDB) avisou o ex-governador e padrinho político Geraldo Alckmin que sairá do partido. Com um pé no PSB, Chalita se reúne hoje com o comando do PT, com o qual flertou e para o qual cogitou mudar, a fim de dar andamento às discussões sobre uma composição em 2010. A ida de Chalita, vereador mais votado em 2008, para a base do Presidente Lula fortaleceria o palanque da pré-candidata, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do País, governado desde 1995 pelo PSDB.

O PSB espera a filiação de Chalita já na semana que vem. Anteontem, o vereador conversou em Brasília com o presidente do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Pelo PSB, Chalita deve disputar uma vaga ao Senado - embora tenha sido sinalizada a hipótese, pouco provável, de concorrer ao governo do Estado. O cenário hoje é o de dobradinha com Aloizio Mercadante (PT), candidato à reeleição. A negociação acirra também a disputa interna no PT paulista. O time da ex-ministra Marta Suplicy sonhava em tê-la na corrida por uma cadeira no Senado.

Chalita esteve recentemente com o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e com a pré-candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff. Deixou claro ao comando petista que tem uma "grande simpatia" por Dilma, resultado dos dois encontros que teve com a ministra. Pesquisas qualitativas encomendadas por ele, no entanto, mostravam que não seria bem vista pelo eleitorado sua mudança para o PT, ferrenho opositor dos tucanos em São Paulo. A alternativa seria outro partido da base. Na terça-feira, ele se encontra com a presidenciável do PV, Marina Silva. Deve recusar o convite dos verdes, por avaliar que o partido tem pouco tempo de televisão.

A saída de Chalita enfraquece o ex-governador Alckmin, de quem foi secretário da Educação. Criticado por setores do PSDB ligados ao governador José Serra, Chalita disse à cúpula petista que se recusa a dividir palanque com os serristas em 2010.

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