Um conjunto habitacional erguido pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) na Grande São Paulo é um exemplo dos erros mais comuns na hora de construir casas para a população. Os prédios ficaram prontos em abril deste ano, mas estão abandonados. O conjunto foi interditado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente por falta de licença ambiental. Agora, corre risco de invasão.
Antes mesmo de ficarem prontos e acabarem interditados, os apartamentos já tinham problemas comuns a esse tipo de unidade popular. Foram construídos numa área em que não há infraestrutura. Ficam depois de uma pequena estrada de terra, sem escolas, hospitais nem uma simples padaria por perto. E como se não bastassem esses problemas, a obra foi concluída com bastante atraso. Uma placa do governo estadual no próprio local mostra que a obra deveria ter acabado em fevereiro de 2008.
Mesmo assim, existem candidatos para ocupar os 260 apartamentos. Não há dados precisos sobre o déficit habitacional na Grande SP, mas apenas na capital 900 mil pessoas esperam por moradia popular no cadastro da Cohab. Não faz sentido deixar sem uso uma obra que custou R$ 7,5 milhões aos contribuintes do Estado.
A CDHU afirmou que aguarda o fim dos trâmites da regularização para liberar o conjunto, mas não deu prazos. Resta esperar que o Estado não repita os erros em suas próximas construções.
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