quarta-feira, 29 de abril de 2009

PT vai reafirmar apoio a Dilma


O PT vai preparar uma resolução política para reafirmar com todas as letras o apoio à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. Os petistas decidiram ontem, em reunião da Executiva Nacional, reforçar o aval à ministra. Não é só: a cúpula do PT está preocupada em dar um rumo à base aliada para segurar os mais rebeldes, que têm pressa em montar palanques nos Estados.

"Não há plano B nem C. Só há o plano D, que se chama Dilma", afirmou o deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP), secretário-geral do PT. "Há uma avaliação consensual de que nada mudou em relação à candidatura da ministra Dilma: ela é um nome forte dentro do PT e o episódio da doença é algo sabidamente sob controle."

A resolução que mencionará Dilma será divulgada na próxima reunião do Diretório Nacional do PT, marcada para os dias 8 e 9 de maio. No encontro de ontem da Executiva, um dia depois de o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacar que a ministra continua sendo sua favorita para disputar a eleição de 2010, petistas ponderaram que é preciso agir rápido para evitar a dispersão dos aliados mais afoitos.

Mesmo antes da divulgação da doença de Dilma, o PT e o PMDB já enfrentavam problemas para fechar alianças em vários Estados. As cotoveladas mais fortes entre os dois partidos ocorrem em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal. Para os dirigentes do PT, a situação pode prejudicar a candidatura de Dilma se o partido não tomar as rédeas do processo.

Questionado ontem, em Rio Branco (AC), se Dilma poderia tirar dividendos políticos da doença, o presidente mostrou contrariedade. "Eu, sinceramente, não posso imaginar como é que alguém sai fortalecida (politicamente) porque teve um câncer. Eu só estou desejando a recuperação da Dilma. Ela certamente não tem mais nada, o câncer já foi tirado, é só um tratamento preventivo, graças a Deus", afirmou Lula.

Dilma deve se afastar do governo, no início de 2010, para se dedicar exclusivamente à maratona eleitoral. Mas o afastamento antecipado não é consensual nem no Planalto nem no PT.

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