A ministra Dilma, defendeu o nome do chefe de gabinete do Presidente Lula, Gilberto Carvalho, para presidente nacional do PT. A defesa de Gil de Carvalho foi feita na noite de terça-feira, em reunião fechada, na sede do PT, com a bancada de deputados federais. De acordo com Dilma, candidata de Lula e do PT à Presidência em 2010, Gilberto Carvalho é fundamental para construir a unidade partidária neste momento de transição. Será a primeira eleição presidencial da qual o PT participa sem que Lula seja candidato, o que preocupa as diversas correntes petistas.
O apoio oficial de Dilma a Carvalho, porém, pode significar que Lula já admite liberá-lo. Não permitir a candidatura de Carvalho, deixa a disputa em aberto e aumenta a tensão interna, avalia Vaccarezza. O secretário de relações internacionais do PT, Valter Pomar, já disse que não abre mão de ser candidato. "Ele deve ser a única voz dissonante no partido. Mas a corrente dele é minoritária", afirmou um petista com cargo de destaque na direção nacional.
Gilberto Carvalho, por enquanto, nega que vá ser candidato, mas no PT o único nome em discussão é o dele. Antes da reunião de Dilma com a bancada petista da Câmara, Carvalho reforçou que Lula prefere que ele permaneça no governo. Ambos intensificaram as conversas sobre o assunto nos últimos dias mas, até o encontro de Dilma com petistas, as informações no Palácio do Planalto apontavam outras alternativas para o cargo, como o secretário-geral da Presidência, ministro Luiz Dulci, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia ou o presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra.
Garcia assumiu a direção do PT durante as eleições presidenciais de 2006, quando o atual presidente, Ricardo Berzoini (SP), renunciou ao posto vitimado pela divulgação de um dossiê preparado por petistas contra tucanos na campanha ao governo do Estado de São Paulo. No fim de 2007, o partido realizou nova eleição. Garcia chegou a pensar em ser candidato, mas como não era unanimidade, Berzoini teve que se candidatar. "Naquela época o Marco Aurélio não construiu a unidade", lembra Vaccarezza que, na época, apoiou o nome de Jilmar Tato (SP) para a presidência do partido.
Mas os movimentos feitos agora em defesa da candidatura de Carvalho podem apressar as definições. A tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), antigo Campo Majoritário, fez um abaixo assinado defendendo o nome do secretário particular do presidente. Um petista diz que isto despertou ciúmes: "Para ser unânime, é preciso uma candidatura acima das tendências internas. Do jeito que está, fica parecendo que ele é candidato do antigo Campo Majoritário."
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