A Caixa Econômica Federal abrirá linhas de crédito para o consumidor comprar geladeiras, fogões e máquinas de lavar, itens beneficiados semana passada pela redução de impostos. O objetivo é fazer parcerias com as redes de varejo para que o crédito seja dado diretamente nas lojas
A Caixa Econômica Federal vai criar linhas de crédito para a compra de eletrodomésticos da linha branca — geladeiras, fogões e máquinas de lavar — a partir da redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para esses produtos, anunciada pelo governo na sexta-feira. Segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, que recebeu ontem, no Museu da República, a medalha da Ordem do Mérito de Brasília, o banco já tem um cartão específico para esse financiamento: — O objetivo da Caixa é construir grandes parcerias (com as redes de varejo) para que o consumidor possa ter o crédito disponível nas lojas.
Aumenta procura por crédito habitacional O governo reduziu o IPI de geladeiras de 15% para 5%; o de máquinas de lavar automáticas, de 20% para 10%; o de lavadoras tipo tanquinho, de 10% para zero; e o de fogões, de 5% para zero. A renúncia fiscal vai durar três meses.
Desde o anúncio da redução do IPI, a venda desses produtos nas grandes redes aumentou até 25%, segundo lojistas, e o número de parcelas para pagamento sem juros subiu para até 18 meses.
A procura por crédito habitacional também aumentou na Caixa. Segundo Maria Fernanda, os acessos aos simuladores dos financiamentos da casa própria da Caixa, que antes eram de 74 mil ao dia, pularam para 450 mil com o lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Na quinta-feira e na sexta-feira, os acessos chegaram a um milhão por dia. A expectativa de Maria Fernanda é que, no prazo de oito a 12 meses, a Caixa comece a entregar as primeiras unidades: — Nos próximos 15 dias vamos saber quantas casas devem ser financiadas pela Caixa este ano.
O “Minha Casa, Minha Vida” foi lançado em março, e o governo pretende construir um milhão de casas em parceria com estados e municípios. Do total, 400 mil casas serão destinadas às famílias com renda de até três salários mínimos.
Perguntada sobre as modificações estudadas para a caderneta de poupança, a presidente da Caixa disse que qualquer decisão vai resguardar o pequeno poupador: — O cidadão sabe que toda decisão que for tomada será de muita prudência, discussão, debate e conversa.
A Caixa Econômica, segundo ela, detém cerca de 35% do mercado de cadernetas de poupança no país.
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