sábado, 7 de março de 2009

Manifesto pró-Dilma


Eleições 2010
Manifesto pró-Dilma
Grupo de petistas ligados a Marta Suplicy lança hoje, na Câmara Municipal de SP, documento em apoio à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil à PresidênciaO grupo de Marta Suplicy em São Paulo resolveu sair na frente na campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a presidente da República. Em encontro programado para hoje, na Câmara Municipal, lançará um manifesto de apoio à ministra intitulado “Unidade pela vitória em 2010” no qual propõe que todas as alianças regionais do partido fiquem subordinadas à candidatura de Dilma. “A meta de manter a Presidência deve subordinar todos os demais interesses eleitorais de nosso partido, particularmente no campo da política de alianças, a qual deverá voltar-se também para a formação de uma boa equipe de candidatos a governador firmemente compromissados com o nosso projeto de governo federal”, justifica. Participarão do encontro outras lideranças importantes do PT que não participam do grupo, como o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, do chamado Campo Majoritário. Também estarão no encontro os ex-prefeitos de Belo Horizonte Fernando Pimentel e de Recife João Paulo, ambos engajados na tarefa de consolidar a candidatura da ministra nas bases do partido, a pedido do presidente Lula. “A candidatura de Dilma é uma garantia de que não haverá retrocesso nas conquistas dos dois últimos anos. Será a primeira eleição disputada pelo PT sem Lula como candidato, o que aumenta a nossa responsabilidade”, afirma o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), um dos organizadores do encontro. O grupo “Um Novo Rumo para o PT” é hegemônico na Capital paulista, principalmente por causa da força eleitoral dos irmãos Tato, e controla 30% da direção da legenda em São Paulo. O engajamento imediato na campanha de Dilma fortalece o grupo na armação do palanque da legenda no estado, onde o PT não tem uma candidatura natural. A derrota nas eleições municipais passadas afastou a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci ainda não conseguiu se livrar dos processos judiciais que pesam contra ele. E Mercadante também amarga o prejuízo da derrota para o governador José Serra (PSDB), em 2006. Quem emerge como possível candidato a governador do PT é o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, que tem amplo apoio no meio sindical e a simpatia do grupo de Marta. Polarização No manifesto a ser lançado hoje, o grupo aposta na polarização estatização versus privatização como eixo da campanha em 2010. “Recuperar o papel do Estado como indutor do desenvolvimento nacional, a exemplo do que vimos fazendo, é um ganho diante da maré privatista até há pouco avassaladora”, afirma. Depois de comemorar a falência do discurso neoliberal, o documento sustenta que é preciso assegurar a continuidade e concretização das medidas que o governo Lula vem adotando para enfrentar a crise. E bate duro nos líderes de oposição “ávidos para retomar o poder e recuperar privilégios”. Pelo menos dois parágrafos são dedicados à imprensa, que é acusada de partidarização: “A cumplicidade da mídia, sua ação manipuladora, sua função como partido político ‘informal’ representam, a nosso ver, um imenso obstáculo a transpor. O fato de haver fracassado em 2006, longe de intimidá-la, parece incentivá-la ao revide”.

Um comentário:

  1. Concordo em que o grande obstáculo a vencer é a manipulação da mídia pelos grupos econômicos poderosos que sempre apoiam os candidatos de direita.
    Precisamos urgente ter mídias públicas de alta qualidade que informem com veracidade e que possuam alta qualidade.
    Maria Lucia

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