Em mais uma etapa do Programa de Aceleração do Crescimento no Complexo Alemão, cinco dos nove galpões da antiga fábrica de lingerie Poesi, na Estrada do Itararé, em Ramos, foram implodidos ontem. No espaço, serão construídos uma escola de ensino médio, 540 apartamentos e um Centro de Referência para a Juventude, com atividades culturais.
– O que era uma área degradada vai se transformar em um lugar de cidadania. Essa implosão é mais uma etapa para o fim da cidade partida – frisou o governador Sérgio Cabral, que assistiu à implosão ao lado do vice e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, do alto do Morro de Adeus, onde funcionará uma estação do teleférico.
Os outros quatro galpões da antiga fábrica serão demolidos da forma convencional. Na ação de ontem, que não durou mais do que quatro segundos, foram utilizados 400 quilos de dinamite. Para o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop), Ícaro Moreno Júnior, a operação foi um sucesso. As obras vão começar em três meses, tempo necessário para a remoção dos entulhos. Toda a preparação do terreno para o início das construções custou R$ 15 milhões, metade paga pelo governo federal e a outra metade pelo Estado.
– Estamos levando os entulhos para um aterro de 80 mil metros cúbicos, na Baixada Fluminense. Serão usados 50 caminhões por dia para limpar o espaço – contou.
Cerca de 5 mil moradores tiveram de deixar as suas casas por medida de segurança. Eles foram levados para o terreno de outra fábrica desativada, a Heliogás. Cerca de 250 homens de oito batalhões ocuparam a comunidade.
– No início, houve alguma tensão, tudo resolvido em 10 minutos – admitiu Ícaro.
Com a implosão, alguns entulhos caíram na rua, que ficou interditada durante a tarde. E a tela usada como proteção cobriu a fiação elétrica. A Light informou que desligou a energia do local para a detonação dos explosivos. Às 16h, o fornecimento foi normalizado e os moradores puderam voltar para suas casas.(Com informações do JB)
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