A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, assegurou ontem em encontro com empresários em São Paulo que a Petrobras vai investir R$40 bilhões no ano que vem em projetos fora da área do pré-sal. Hoje, a Petrobras deve divulgar seu plano estratégico:
- Os investimentos significam mais demanda para a indústria naval, de equipamentos e materiais, além de serviços - ressaltou ela.
Dilma previu ainda uma retomada no preço do barril de petróleo, que não voltará aos US$147 (preço atingido em julho), mas deve ficar entre US$60 e US$70. Ontem, o barril fechou em queda de 9,5%, a US$36,22 em Nova York.
Dilma reafirmou que o governo vai manter elevada sua taxa de investimentos em 2009, estratégia que se sustentará em quatro grandes pilares: obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); do Programa de Mobilidade Urbana (voltado ao transporte público em cidades que irão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014); investimentos no pré-sal; e em habitação popular, além dos programas sociais.
- Não estou dizendo que vamos crescer 4%, mas faremos todo o possível para que isso ocorra - declarou.
Para chegar o mais perto possível deste patamar, Dilma disse que os juros vão cair no país. Segundo ela, o Brasil e o mundo está passando por um período de estagnação e deflação. Assim, observou, é preciso trabalhar para fazer crescer a taxa de investimento:
- É fundamental reduzir o custo do capital. Por isso o governo está preocupado tanto com os juros básicos como com os spreads (diferença entre o quanto custa o dinheiro para os bancos e quanto eles cobram para emprestar).
Apesar de defender a redução da Selic, Dilma disse depois não ter "nenhuma observação em relação à política monetária", até porque teria sido esta mesma política que permitiu ao país enfrentar este momento de crise com as contas em ordem. Ainda assim, a ministra deu a entender que espera uma queda da taxa básica de juros em 2009:
- Temos que reduzir o custo do capital para manter a taxa de investimento. No ano que vem, isso será uma questão.
A ministra anunciou ainda que vai levar hoje ao Presidente Lula um conjunto de projetos prontos para serem licitados, de obras rodoviárias a portos e saneamento básico.
Dilma previu ainda que haverá redução do investimento estrangeiro direto, "mas nada brusco", e que o balanço de serviços vai se beneficiar com a redução de viagens internacionais e remessas de lucro.
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