quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ex-presidiário gasta R$ 700 em negócio e acumula quase R$ 1 mi


Rogimar Rios, 35, queria abrir um negócio, mas tinha R$ 700 na conta bancária.

Para conseguir os R$ 30 mil necessários para montar uma loja do setor moveleiro, no qual atuava como vendedor, ele fez um planejamento detalhado de tudo o que queria. Com o plano em mãos, conseguiu convencer os gerentes com os quais trabalhava a serem seus sócios.

A loja começou a operar no fim de 2008 -- depois dela, os empresários abriram mais quatro unidades. Mas, diante de desentendimentos, Rios decidiu seguir sozinho. Vendeu sua parte e adquiriu, no ano passado, uma franquia da Todeschini, do setor moveleiro.

"Meus R$ 700 viraram quase R$ 1 milhão", diz.

Fazer seus reais se multiplicarem não foi a única façanha do empresário.

Em 2002, em uma única semana, conta, Rios perdeu a noiva e o emprego e assistiu à separação da mãe. "Não sabia como lidar com aquilo, parecia que nada fazia sentido e fui roubar", conta.

Tentou assaltar um executivo, mas foi pego antes de executar o plano, ainda em 2002.

Após quase dois anos preso, o empresário foi morar com o pai e começou a vender temperos na rua. "Percebi que tinha condições de trabalhar com pessoas."

Cinco meses depois, passou a trabalhar como ajudante em uma loja de portão automático, ganhando um salário mínimo.

"Não conseguia nem me divertir, o que eu ganhava só dava para ir a lanchonetes comer com minha esposa, e isso me revoltava."

Insatisfeito, Rios conta que deu "a grande virada" quando comprou o DVD do livro "O Segredo", em 2004. "Quando eu assisti àquele vídeo, não tive ideia da mudança que causaria na minha vida e pensei: 'vou dominar o mundo'."

INSISTÊNCIA

A partir dessa experiência, o empresário decidiu que caberia a ele mudar a situação na qual se encontrava. Soube de um processo de seleção para ser vendedor em loja de móveis. Mandou um currículo por dia. "Até que recebi um e-mail do RH dizendo que bastava apenas um currículo -- tive a certeza de que receberam."

Mesmo sem ensino médio completo, Rios passou no processo, no qual concorreram 120 candidatos, diz ele. "Foi por insistência [que fui aprovado]."

Antes de abrir o negócio, Rios trabalhou por mais de dois anos como vendedor. "Recebi muitas críticas, ficava chateado e não vendia", afirma.

Mas decidiu "cuidar melhor do lado emocional": vendeu mais e tornou-se subgerente de duas lojas da rede em que trabalhava.

Hoje, sua empresa conta com cerca de 30 funcionários. Da Folha

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