quarta-feira, 22 de junho de 2011

O vacilo de Kassab

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não foi nada modesto na sabatina de ontem, feita pela Folha e pelo portal UOL. Quando perguntaram que nota ele dá à própria administração, não teve dúvidas: dez.

Tudo bem que ele se explicou. Disse que é "pelo esforço, pela vontade de acertar". Mas a verdade é que os paulistanos têm uma avaliação bem diferente. Na última pesquisa do Datafolha, em março, ele recebeu nota vermelha, a pior do mandato: 4,6.

Pelo menos não se pode dizer que o prefeito muda de opinião. Em 2007, na sua primeira sabatina, ele também se deu nota dez. Naquela época, a avaliação dele era ainda pior, 3,9.

Kassab fez um bom início de governo, com ideias como a Lei Cidade Limpa. Sua nota chegou a 6,6.

Só que o ímpeto inicial perdeu força e seu governo se tornou mediano. Em áreas como transporte, saúde e educação, houve pequenos avanços, que apenas arranharam os enormes problemas da cidade.

Ainda faltam 100 mil vagas nas creches. Nenhum quilômetro de novos corredores de ônibus saiu do papel até agora. Os três hospitais que eram promessa de campanha não ficarão prontos até o fim do mandato.

O lixo acumulado nas ruas e as enchentes de todo verão só contribuem para a sensação de que a cidade está meio largada.

A imagem de bom administrador deu lugar à de político de bastidores, que só se preocupa em criar um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático). A ideia é apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e ao mesmo tempo manter as boas relações com facções do DEM e do PSDB.O tal novo partido pode até se firmar logo. Mas o prefeito está vacilando.

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