Inflação sobe em SP
A inflação na cidade de São Paulo acentuou-se na terceira prévia do mês. O indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) marcou alta de 0,65% na apuração mais recente, seguindo elevação de 0,61% no levantamento anterior e avanço de 0,48% na abertura de abril. Na casa de 1% de aumento, apareceram transporte (1,50%) e saúde (1,17%). Na segunda medição desse mês, esses grupos tinham subido 1,41% e 0,82%, respectivamente. Despesas pessoais foram de 0,31% para 0,66%. Habitação permaneceu com 0,35% de aumento. Alimentação registrou moderação no ritmo de avanço, deixando um acréscimo de 0,71% na segunda leitura de abril para 0,64% no levantamento seguinte. Da mesma forma, educação foi de 0,13% para 0,10% de expansão. Vestuário mudou de direção - depois de ampliação de 0,18% na segunda prévia, registrou agora queda de 0,20%.
Indústria demite e desemprego aumenta em SP
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo em março subiu 0,7 pontos percentuais em relação ao mês anterior e fechou em 11,3% - equivalente a 1,2 milhão de pessoas sem emprego. Em janeiro e fevereiro, a taxa foi de 10,5% e 10,6%, respectivamente. De acordo com os números da pesquisa do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada ontem, o desemprego cresceu com aumento das demissões. A ocupação encolheu em todos os setores de atividade, especialmente a indústria, com queda de 1,7% frente a fevereiro, e o comércio, com retração de 1,8%, em igual comparação.
A taxa de março é a menor para o mês desde 1991 e bastante inferior ao desemprego de 13,1% registrado em igual mês de 2010. O aumento do desemprego em março deste ano, contudo, foi mais suave do que em outros anos. Em 2010 houve avanço de 0,9 ponto percentual em relação a fevereiro e em 2009, de 1,5 ponto percentual. O ritmo de avanço do desemprego no conjunto das sete regiões onde a pesquisa é realizada foi semelhante ao de São Paulo. Subiu de 10,5% em fevereiro para 11,2% (2,4 milhões de pessoas). A desocupação cresceu em Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo e Distrito Federal, e manteve-se estável em Porto Alegre e em Recife.
Como explica o coordenador de análise da pesquisa, Alexandre Loloian, esse movimento é típico para o período - o desemprego normalmente sobe nos três primeiros meses do ano. Para ele, o mercado de trabalho não está aquecido e os números estão distantes do pleno emprego: "Esse é mais um dos mitos novos forjados por alguns economistas irresponsáveis", opina.
A variação anual do nível de ocupação nas regiões metropolitanas e do Distrito Federal foi a menor dos últimos 12 meses, 2,6%. Em setembro de 2010 ela chegou a 4,7%. Para Sérgio Mendonça, economista do Dieese, isso é um indicativo de que a economia está de fato desacelerando. A velocidade dessa queda, entretanto, é ainda incerta, argumenta ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Nota do moderador: Comentários preconceituosos, racistas e homofóbicos, assim como manifestações de intolerância religiosa, xingamentos, ofensas entre leitores, contra o blogueiro e a publicação não serão reproduzidos. Não é permitido postar vídeos e links. Os textos devem ter relação com o tema do post. Não serão publicados textos escritos inteiramente em letras maiúsculas. Os comentários reproduzidos não refletem a linha editorial do blog