A despeito do conteúdo algo superficial de seu discurso proferido ontem, Aécio Neves (PSDB-MG) teve êxito naquilo que pretendia: se lançar como "líder da oposição", expressão repetida à exaustão nas cinco horas de sessão no Senado.
Contou, para isso, com a ajuda de adversários nos dois campos: em seu partido e na base do governo.
José Serra, ex-presidenciável tucano que não esconde a pretensão de disputar o Planalto pela terceira vez em 2014, se abalou a Brasília para assistir ao discurso em plenário. Acusou o golpe.
Os senadores governistas, petistas à frente, morderam a isca do outro lado e se apressaram em apartear o mineiro para contrapor pontos do discurso e repisar críticas à "herança maldita" tucana: privatizações, sucateamento da Petrobras e compra de votos na reeleição de FHC.
Aécio, no princípio visivelmente nervoso, com fala rápida e por vezes inaudível, percebeu no desenrolar dos debates que conseguiu o efeito desejado e administrou o tempo em pé na tribuna por cinco horas.
Fez mesuras a Serra, a petistas e, sobretudo, àqueles em quem vê aliados potenciais a seu projeto de 2014: PSB, PMDB, PR e PP, satélites do governo Dilma Rousseff.
No conteúdo, a fala foi muito esquemática e apenas pincelou quais seriam as tais críticas ao governo de "nove anos" do PT -aparelhamento, intervenção do Estado em empresas privadas. E não se ouviu a palavra corrupção.
O tal "modo tucano" de se opor foi apenas esboçado nas palavras de ordem bastante genéricas: "ética, responsabilidade e coragem".
Aécio emulou o discurso histórico com que Mário Covas se lançou candidato à Presidência em 1989, quando pregou a necessidade de um "choque de capitalismo".
A expressão foi atualizada para "choque de realidade" -que também dialoga com o "choque de gestão", do marketing do governo de Minas.
De concreto, apenas os projetos de lei, esboços de bandeiras eleitorais.
Para além da disputa governo x oposição, a sessão de ontem teve o condão de fazer o Senado, reduzido nos últimos anos à condição de tribunal de seus próprios escândalos, retomar a tradição do debate político puro.
É ainda digno de nota que as réplicas mais consistentes tenham vindo de novas vozes do PT, como Gleisi Hoffmann (PR), Lindberg Farias (RJ) e Walter Pinheiro (BA).Na Folha tucana
Ele pode falar e falar.
ResponderExcluirPalavras ao vento.
O passado do PSDB, do qual ele é parte,
pela inépcia e incompetência, o condena.
Nem o 'Plano Real' os pertence.
Na verdade, esse faraó das Minas é igualzinho ào Serra: Um MALA!
ResponderExcluirEsse Zé Bonitinho neoliberal tá mesmo é se lixando para o povo. Ele quer mesmo é ser Presidente.
ResponderExcluirPense, um Presidente dessa estirpe! Que Deus nos livre!
na minha opniao: ele acaba de mostrar um discurso falacioso e distante do momento real do fato economico que vivenciamos hoje, a inclusao social. este discurso é suicida e, a despedida de uma candidatura falaciosa. Com tendencia a mais uma derrota. eu mago? ! eu nao! é o comportamento persistente da aristocrata rural que me torna um mago............. Cícero Brasileiro
ResponderExcluirQue a Lei que a tudo e a todos rege nos permita a contrabalançar com cada teclar e com participação efetiva incluida a financeira os efeitos de maninupalçao ao qual estaremos submetidos com o consorcio midia e oposição.
ResponderExcluira midia vai tentar cooptar, pautar a oposição tendo em vista fortalecê-la pois como disse anteriormente ela está "fragilizada" A oposição eleita não sabe defender muito bem os interesses que a midia representa. O Brasil não pertence ao povo e sim aos interesses de guerra, de consumismo de loucura animal.