O presidente Lula não só vai à reunião do G-20 na Coreia como faz questão de levar o sucessor, que, espero seja a Dilma, afirma o assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, atualmente em férias, dedicado à campanha de Dilma Roussef à presidência. Ele repete a explicação oficial para a surpreendente ausência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na reunião de ministros do G-20, no fim de semana, em Seul: não é nenhuma mensagem crítica aos governos do G-20; o ministro apenas ficou no Brasil para acompanhar a repercussão das medidas contra a valorização do real.
Na foto oficial do encontro na Coreia, a segunda cabeça, atrás do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, é do competente diplomata Marcos Galvão, assessor internacional de Mantega, que representou o Ministério da Fazenda. O relato otimista de Galvão às autoridades que permaneceram no Brasil mencionou avanços no encontro, a começar pelo aumento de poder do Brasil nas instituições multilaterais. O Brasil, que na reforma recente das cotas do Fundo Monetário Internacional havia subido de 18º cotista a 14º, agora será o 10º país em poder de voto no FMI. O comunicado final do encontro também incorpora outras importantes reivindicações levantadas por Mantega.
Classificada pelo governo de coincidência infeliz, a ausência simultânea de Mantega e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, provocou surpresa e boatos na Coreia, e é um gesto contraditório, a menos que a situação da economia brasileira seja mais grave do que parece. Afinal, as autoridades que enviaram um substituto para ocupar a cadeira do Brasil na reunião da Coreia costumam lembrar com entusiasmo da participação no G-20 como demonstração do peso conquistado pelo Brasil nos mecanismos de governança global. Meirelles alegou impossibilidade física de participar do G-20, porque no Brasil presidiria a reunião do Copom que decidiu manter as taxas de juros.
Lula quer se despedir na reunião de chefes de Estado na Coreia
Na sexta-feira, quando começava o encontro na Ásia, Marco Aurélio Garcia passou rapidamente pelo Palácio do Planalto e teve uma breve conversa com Lula, mais voltada a assuntos de política interna. Não falaram do G-20. Mas Garcia garante que Lula tem interesse especial na reunião de 11 de novembro dos chefes de Estado do grupo - que reúne as economias mais influentes do planeta. Lula quer despedir-se na Coreia. Fará um balanço da política externa e pretende cobrar dos países do G-20 compromisso com uma saída coordenada da crise.
Falando antes do fim do encontro em Seul, Garcia ainda lamentava a incapacidade do G-20 em lidar com os problemas na economia mundial. Após a reunião, autoridades da equipe econômica estavam bem mais otimistas. Esperavam boas notícias na manhã desta segunda-feira, quando os mercados na Ásia já terão reagido ao comunicado divulgado no sábado. No fim de semana, especialistas previam uma resposta morna, mas com queda do dólar, já que o pior cenário, de impasse, não aconteceu mas não está claro como serão concretizados os compromissos dos ministros.
Com apenas duas páginas, após 12 horas de intensa discussão, o comunicado da Coreia não traz nenhuma palavra à toa. No documento (encontrado na internet, no endereço http://is.gd/ggmEN), uma autoridade brasileira que acompanhou as negociações indica como fundamentais os parágrafos dois e quatro, que tratam das política cambiais e das medidas de controle do sistema financeiro. Numa referência indireta à China, por exemplo, os ministros, que nas declarações anteriores falavam em políticas cambiais orientadas pelo mercado, agora dizem que buscarão sistema de câmbio determinado pelos mecanismos de mercado e evitarão desvalorizações competitivas. Mais uma vez, comprometem-se a evitar disseminação de medidas protecionistas.
Em referência às políticas de emissão de dólares dos EUA, que alimentam fluxos perigosos de investimento a economias emergentes como o Brasil, o comunicado diz que as economias avançadas, inclusive aquelas com moedas de reserva, serão vigilantes contra volatilidade excessiva e movimentos desordenados nas taxas de câmbio.
Os ministros rejeitaram a proposta americana de fixar limites para superávits ou déficits nas contas externas dos países, mas o texto final diz que os governos fixarão diretrizes indicativas (indicative guidelines) para os desequilíbrios nas contas e prevê avaliações periódicas dessas metas, com apoio do FMI. O fundo também é convocado a fiscalizar os efeitos internacionais (spillover impact) das políticas macroeconômicas nacionais. O documento, para satisfação do governo brasileiro, faz forte defesa da coordenação dos países.
O maior poder do Brasil no FMI é uma conquista que, porém, só deve valer após 2012, quando se imagina concluir as mudanças. Antes disso, os chefes de Estado terão de esclarecer, em novembro, como evitarão que o comunicado divulgado no fim de semana fique, na história, como uma carta de boas intenções não realizadas.Valor
AMIGOS NAVEGANTES TEMOS QUE TOMAR CUIDADO COM AS 72 HORAS ANTES DA ELEIÇÃO ,É JUSTAMENTE ESSE O MOMENTO QUE O POVO DE SERRS AGE COM TERROR ,A MENTIRA,E A CALÚNIA,ELES SÃO MAQUIAVÉLICOS.VÃO FAZER DE TUDO E O POVO TEM QUE FICAR SABENDO DISSO ANTES.SERIA BOM LULA AVISAR O POVO NO PROGRAMA DA DILMA,JUNTO COM ELA,POIS PODE SE REPETIR O QUE ACONTECEU NO PRIMEIRO TURNO.ELES TEM ESSAS ARTICULAÇÕES SOMBRIAS ANTES DAS ELEIÇÕES E O PIG AJUDA MUITO A ELES.VAMOS FAZER UM MANIFESTO SOBRE O PIG E AS 72 HORAS ANTES DAS ELEIÇÕES É IMPORTANTE.
ResponderExcluirLula vai aproveitar a viajem com seu sucessor e passar-lhe as mãos a mala contendo todos os códigos de seu arsenal de bolinhas de papel.
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