Serra critica Dilma por não poder pegar garupa com o rejeitado pelo povo,FHC:

Na propaganda eleitoral desta manhã no rádio, o candidato à Presidência do PSDB, José Serra, subiu o tom das críticas à sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT). A inserção acusou a candidata de “pegar carona na garupa de Lula” e de tomar para si projetos que, na verdade, são do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sua fatia do horário eleitoral, Dilma procurou reforçar sua ligação com a gestão de Lula, que também participou do programa em defesa da sua candidata. As duas propagandas buscaram convencer o eleitor sobre quem é o mais preparado para governar o país.

Em tom mais agressivo do que das últ1imas inserções, o programa Serra teve até música de crítica à Dilma, que dizia que “ninguém sabe de onde veio, ninguém sabe o que ela fez. Mas diz que é dona de tudo. O Brasil inteirinho foi ela que fez. Dona Dilma pega leve, que o povo está reparando. Tudo o que o Lula criou, ela diz: fui eu, fui eu”.

Um dos participantes do programa, o Ari, que interpreta um nordestino, rebate a provocação de Dilma, de que ele teria a voz semelhante à de Lula.

- Que é isso? Minha voz parecida com a Lula? Só se for porque eu elogiei o Serra.

A seguir, Ari lista os cargos ocupados por Serra e diz que “foi o melhor ministro da Saúde que o país já teve [...]. Tem que elogiar mesmo. Até o presidente já elogiou”. Em poucas falas, Serra também fala sobre seus feitos na vida pública. A propaganda segue com provocações: diz que o povo sabe o Serra fez – e que quem fez no passado, vai fazer no futuro. Para saber sobre o possível governo de Dilma, os personagens dizem que é melhor procurar uma cartomante.

A inserção também falou sobre as propostas do candidato para a Copa de 2014, como a construção de 400 quilômetros de metrô nas capitais. O trem-bala foi criticado e chamado de “trem-caramelo”.

Em sua propaganda, Dilma voltou a interagir com Lula, que a apresentou como uma das responsáveis pelas conquistas do Brasil e a “pessoa mais preparada para ser presidente”.

- O projeto está só começando. Muita coisa foi feita, mas tenho certeza que saltos ainda maiores ainda serão dados no governo da primeira mulher presidente.

A candidata petista também foi referida como amorosa, cuidadosa, mãe e alguém que sabe o que fazer no governo. Uma música buscou costurar as histórias de vida de Lula e Dilma que, apesar de diferentes, estariam ligadas pelas mesmas causas.

Dilma fez promessas, como tirar 19 milhões de pessoas da pobreza extrema, investir em educação, ampliar escolas técnicas e investir em segurança e na saúde, resolvendo problemas de falta de atendimento emergencial, exames e consultas especializadas. Ela também falou sobre apoio a pequenos e médios empresários e em investimentos na infraestrutura do país.

A candidata do PV, Marina Silva, aproveitou o horário eleitoral no rádio para contar sua história, com destaque para sua origem e luta ao lado de Chico Mendes pelos povos da floresta.

A propaganda contou a relação de Marina com a educação. Ela aprendeu a ler com 16 anos e “nunca parou de estudar. A educação salvou sua vida”. Sua atuação como ministra do Meio Ambiente também foi lembrada.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) usou seu horário para defender as pequenas propriedades e a agricultura familiar. O candidato do PSTU, Zé Maria, criticou os altos lucros das empresas e os baixos salários dos trabalhadores. Zé Maria defendeu que o salário mínimo seja o dobro do atual.

O candidato do PSDC, José Maria Eyamel, falou sobre a democracia cristã e sobre a sua missão de vida. Levy Fidelix (PRTB) voltou a falar que quer defender aqueles que pagam muitos impostos, os que pagam altos juros. Ele disse que quer ser o "presidente da justiça". O PCB e o PCO não usaram seu espaço no rádio.