Dilma participa de comício em Recife e grava programa eleitoral da televisão em Salvador. Ordem é evitar o clima de "já ganhou"
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, esteve ontem à noite em Pernambuco, onde participou, no Marco Zero, no Recife, de um comício ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. A presidenciável petista teve uma sexta-feira movimentada. Antes de chegar à capital pernambucana, Dilma estava na Bahia, onde participou de gravações do programa eleitoral gratuito. O objetivo do comando da campanha do Partido dos Trabalhadores é evitar o clima de "já ganhou" alavancado pelas últimas pesquisas e conseguir mais votos para tentar resolver as eleições ainda no primeiro turno, marcado para 3 de outubro.
Antes do comício em Recife, Dilma recebeu mais um afago do presidente. Pela manhã, em Caruaru, Lula disse que, se estava impedido de fazer campanha em solenidades oficiais, "depois das 20h, bato meu cartão (de ponto) e vou fazer política. Porque ninguém é de ferro". O presidente referia-se ao grande comício realizado no Centro de Recife.
Com o planejamento da corrida presidencial sendo concretizado dentro do previsto, Dilma Rousseff tenta se afastar de notícias que podem criar polêmica em torno de sua candidatura. No aeroporto de Salvador, por exemplo, durante uma entrevista coletiva, a ex-ministra afirmou não acreditar que os vazamentos de dados da Receita Federal tenham qualquer motivação política ou eleitoral.
Depois de se estranhar com a Igreja Católica no início da campanha, quando um bispo pediu a fiéis que não votassem na petista porque ela seria a favor do aborto, Dilma fez um afago aos representantes da religião, ontem, ao confirmar a presença no debate que será realizado na próxima quarta-feira pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Além desse, a candidata participará de mais três debates até o primeiro turno das eleições presidenciais.
CARACTERÍSTICAS DE "OCUPAÇÃO MILITAR"
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou ontem durante reunião no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, que o PT "tem características de ocupação militar" na máquina pública. O tucano usou essa metáfora para responder a uma pergunta sobre como pretendia governar o Brasil tendo a "quase totalidade" do funcionalismo público ligado ao PT. O candidato também se queixou da dificuldade que tem em desmentir boatos espalhados especialmente pela internet
O número
eleicoes2010.jus.br Página do TSE na internet para tirar as dúvidas dos eleitores sobre o processo eleitoral
Lula em Pernambuco
Sem citar o nome do democrata, disparou: "Me parece que (ele) já era senador no tempo do imperador. Tem um cidadão aí que já foi deputado, presidente do Congresso, presidente da Câmara (dos Deputados), vice-presidente (da República). Me contem: 'o que é que ele trouxe pra Pernambuco'?". A indagação foi respondida de pronta pela militância com um sonoro "nada".
Ao segundo postulante à Casa Alta da chapa de oposição, deputado Raul Jungmann (PPS), o presidente dirigiu comentários do mesmo quilate. "O outro (candidato) vocês já conhecem. O menorzinho, vocês conhecem. (Aquele) Que parecia que cuidava da reforma agrária". Em seguida completou: "Ou seja, Pernambuco de (Francisco) Julião, Pernambuco de (Miguel) Arraes, Pernambuco de Frei Caneca, Pernambuco de Eduardo Campos, Pernambuco de Lula não pode votar nesse tipo de gente pra senador da República. É preciso virar e mudar a página da política de Pernambuco".
O LULA precisa vir aqui no meu Cearah para falar essas mesmas coisinhas sobre outro senadorsinho.
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