O deputado federal Ricardo Berzoini (PT) rebateu a reportagem publicada no jornal paulista no domingo (1º), que traz informações sobre um dossiê apócrifo e com informações falsas sobre o ministro da Fazenda Guido Mantega:
"A Folha de S.Paulo está na campanha do Serra, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso vê isso", acusa Berzoini, em entrevista à Rede Brasil Atual. "Então, tudo o que ela puder criar de matérias que passem a ideia de que o PT é um partido que se dedica a manobras, artimanhas, a fazer jogo baixo é interessante para eles", completa.
Dilma foi perguntada sobre o assunto, e considerou um absurdo a matéria da Folha: "Estão chamando uma carta anônima de dossiê? Não pode ser atribuído a um partido político... Nunca vi carta anônima ser chamada de dossiê".
O atual presidente do PT, José Eduardo Dutra, ironizou a obsessão de José Serra e do PIG por "dossiês". Para Dutra, qualquer “fofoca” dentro do partido vira dossiê contra o PT.
Nota de esclarecimento de Berzoini
Ontem, Berzoini emitiu nota de esclarecimento sobre o novo suposto "dossiê" da Folha:
A edição deste domingo da Folha de S.Paulo tem em sua principal manchete a acusação: Petistas fazem dossiê contra ministro do PT. A leitura da matéria esclarece: seriam petistas com origem no sindicalismo bancário. Fontes em off apontam: os suspeitos são o sr. Alencar Ferreira e o sr. José Luiz Salinas, ligados ao ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, ocupantes de altos cargos nas empresas do BB. Fontes atribuem o tal dossiê, que a leitura da matéria revela tratar-se de uma carta apócrifa, à disputa pela direção da PREVI. E dão como consequencia do episódio o suposto enfraquecimento dos `bancários` na direção da campanha presidencial. E insinuam que eu teria estimulado a confecção ou distribuição da referida carta.
Esclareço:
1 – O ministro Mantega sempre teve meu apreço e reconhecimento pela brilhante atuação à frente da política econômica do nosso país, que permitiu o enfrentamento da crise econômica mundial e uma estratégia de crescimento sustentável para o Brasil. Um ataque covarde e anônimo ao ministro só pode interessar aos que não tem compromisso com nosso governo.
2 – Conheço os ´suspeitos´ há tempo suficiente para não acreditar que pudessem recorrer ao mais covarde dos instrumentos para atingir supostos objetivos políticos. Tratam-se de profissionais concursados do BB, que exercem altas funções no banco há bastante tempo, sempre elogiados por suas atuações.
3 – Acredito que o anonimato é o último refúgio da covardia, tanto em cartas como nos offs jornalísticos. É grotesca a tentativa de atribuir a mim estímulo ou conivência com uma iniciativa dessas. Os que usam o off para fazer ilações anônimas incorrem na mesma falta de ética que os escritores de cartas apócrifas.
4 – Que eu saiba, não houve nenhum pleito dos bancários petistas em relação à campanha presidencial. Eu, desde que deixei a presidência do PT, em fevereiro deste ano, informei ao novo presidente do partido, companheiro José Eduardo Dutra e à nossa candidata Dilma Roussef, que gostaria de dedicar o ano de 2010 ao meu mandato, prejudicado por mais de quatro anos de dedicação integral à direção nacional do PT, à minha campanha e ao convívio familiar, tão afetado pelas demandas partidárias. Estou atuando na campanha como militante no estado de São Paulo, defendendo nosso projeto e nossa candidata, com muita alegria. Quando tenho qualquer opinião relevante sobre a campanha, encaminho ao meu presidente, companheiro Dutra.
5 – Recentemente, em conversa com o ministro Mantega, sobre outros assuntos de interesse da política econômica, comentei sobre a tal carta apócrifa, que havia sido tema de uma coluna do jornalista Cristiano Romero, do Valor Econômico. Sugeri ao ministro que determinasse ao BB a abertura de sindicância interna para apurar a eventual participação de funcionários do banco em sua elaboração. Disse a ele que, assegurado o direito de defesa, se constatada a participação de algum funcionário, este deveria ser excluído dos quadros da instituição, na forma dos normativos internos. Afinal, o uso do anonimato para atacar um ministro de estado e um vice-presidente do banco é uma deslealdade à corporação e ao país, pois o banco tem uma competente auditoria para apurar denuncias firmadas por seus funcionários.
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