Negociar a extensão dos contratos com as concessionárias que administram as rodovias paulistas. Em troca, garantir a diminuição das taxas cobradas aos usuários. Essa é a proposta que a campanha de Aloízio Mercadante (PT), candidato ao governo de São Paulo, pretende encampar nas eleições deste ano para solucionar a questão dos valores de pedágio cobrados no Estado. Idealizador da proposta, Coca Ferraz (PDT), candidato a vice na chapa petista.
Para Coca Ferraz, as concessões implantadas nos últimos anos pelos governos do PSDB, há 16 no comando do Estado, estão consolidadas, sendo necessário achar uma solução dentro do que já está estabelecido: "O pedágio alcançou números absurdos. Aumenta o preço das mercadorias, dos ônibus de viagem. Para ir de Araraquara a Matão (menos de 40 Km), se gasta mais de 20 reais de pedágio. Não se gasta isso de combustível", alega. Coca participará da série de manifestações organizadas hoje pela Força Sindical contra o reajuste. Além do grupo reunido no pedágio da Rodovia Imigrantes, com cerca de 200 manifestantes, carro de som e distribuição de panfletos aos motoristas, as Regionais da Força Sindical marcarão presença pelo interior do Estado, como em Campinas, Presidente Prudente e Araraquara.
A Força Sindical é uma das cinco centrais sindicais brasileiras que declararam apoio às candidaturas dos petistas Aloízio Mercadante em São Paulo e de Dilma Rousseff à presidência da República - as outras foram a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A Força tem um histórico de boas relações com o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, tendo o apoiado em 2006, na eleição presidencial. Mesmo agora, apesar do apoio oficial a Mercadante, bom pedaço dos filiados ao sindicato, em torno de 40%, devem apoiar o tucano.
"O pedágio virou um imposto camuflado", diz o secretário geral da Força, Hélio Garcia, o Peninha. No panfleto que será distribuído aos motoristas, a Força alega que o governo constroi as estradas com dinheiro público e depois as entrega ao setor privado. Traz ainda a ameaça: "O novo trecho do Rodoanel é a próxima vítima, fique de olho".
Para as concessões feitas entre 1998 e 2000, o reajuste será baseado no Índice Geral dos Preços do Mercado (IGP-M), que nos últimos 12 meses foi de 4,18%. Nas vias concedidas entre 2008 e 2009, a medida será o IPCA e ficará em torno de 5,22%. .
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