Orientado a submergir após provocar polêmica com ataques ao PT, o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), vice do presidenciável José Serra (PSDB), faltou ontem a encontro com 150 empresários e investidores.
Ele era aguardado no lançamento do movimento Brasil Eficiente, que defende a redução dos impostos. Às 2h da madrugada, ligou para avisar ao presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen, que não apareceria. "Estava dormindo. Este é o horário do Serra, não o meu", ironizou o ex-senador.
Indio discursaria no encerramento do seminário, que reuniu em São Paulo os principais caciques do DEM. "Ele confirmou que vinha? Não sabia", desconversou o presidente do DEM, Rodrigo Maia, que disse que a polêmica é "assunto encerrado".
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que Indio se excedeu ao ligar o PT ao narcotráfico, mas aprendeu com a repercussão negativa da fala.
"Ele amadureceu de um dia para o outro. Mas você também não pode deixar o candidato 100% monitorado pela campanha", ponderou.
Diante do clima de guerra entre PT e PSDB, Indio foi orientado a sair de cena por alguns dias. Ele não aparece em público desde domingo, quando a Folha reproduziu suas declarações a um site.
Enquanto a campanha ainda decidia como tratar o episódio, o vice foi chamado a São Paulo para se reunir com assessores. A decisão foi silenciá-lo e deixar Serra sair em sua defesa.
Ontem, a assessoria do vice não justificou a ausência, nem informou onde ele estava. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o orientou a deixar o assunto "esfriar". Da Folha
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