A MVC Soluções em Plásticos, de São José dos Pinhais (PR), fechou contratos para produzir 1,3 mil casas em plástico de engenharia reforçado no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, dentro do programa Minha Casa Minha Vida do governo federal. A operação faz parte do plano da empresa controlada pelo grupo gaúcho Artecola de ampliar a participação dos negócios na área da construção civil para até 40% do faturamento total até 2011, afirmou o diretor-geral Gilmar Lima.
No ano passado, conforme o executivo, o setor respondeu por 13% da receita bruta de R$ 116 milhões da MVC, enquanto o restante veio da produção de componentes automotivos. A fatia deve subir em 2010 - quando serão entregues 1,1 mil das 1,3 mil casas recém-contratadas - para 18% do faturamento estimado em R$ 148 milhões e alcançar os 40% dos R$ 220 milhões projetados para 2011.
A MVC era controlada pela fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo até novembro de 2008, quando foi incorporada pela Artecola, que produz adesivos e laminados industriais. Em 2009 ela adquiriu a Poloplast, que também pertencia à Marcopolo e produzia painéis plásticos. Segundo Lima, entre as obras já realizadas pela empresa estão 100 casas no Pará e de 50 unidades no interior do Rio Grande do Sul, além de escolas, postos de saúde e postos policiais no país e no exterior.
Os projetos habitacionais da empresa são executados em parcerias com construtoras e incorporadoras locais e já há estudos em andamento para a implantação de novos conjuntos habitacionais no interior do Rio Grande do Sul, em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Com isso, de acordo com o diretor-geral, a estimativa é construir cerca de 4 mil casas no ano que vem.
A projeção não inclui as negociações em andamento para construir casas e escolas no Chile, país devastado por um terremoto no início deste ano. Os produtos da MVC estão em fase de homologação pelo governo chileno e ainda não há previsão de volume de obras, mas se a operação for bem sucedida Lima acredita que o número de unidades habitacionais poderá chegar a 250 por mês pelo menos durante os próximos dois anos.
A fábrica da MVC em São José dos Pinhais emprega 680 pessoas (sendo que 150 foram contratadas durante este ano) e tem capacidade para produzir até 4 mil casas por ano, mas pode ser ampliada sem grandes investimentos adicionais, explicou o executivo. De lá saem as lâminas de plástico utilizadas na montagem dos painéis reforçados com gesso, poliestireno estendido (EPS) e fibra de vidro.
Segundo Lima, em projetos de grande porte, como os novos contratos no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, os painéis são montados em "unidades de produção flexíveis" instaladas temporariamente pela empresa nos canteiros de obra. A casa é construída sobre estrutura metálica, as paredes são resistentes e garantem isolamento acústico e térmico, assegura o executivo. A construção leva ainda apenas 10% do tempo necessário para se erguer uma casa em alvenaria, acrescenta Lima.Valor Econômico
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