A indústria brasileira começará a fabricar sete novos medicamentos a partir de parcerias entre empresas públicas e privadas promovidas pelo Ministério da Saúde. Os acordos serão assinados nesta terça-feira, em São Paulo, e preveem ainda reforço na produção nacional do contraceptivo DIU.
Com os novos termos compromissos, o número de remédios que deixarão de ser importados pelo Brasil chega a 21, o que gera economia de cerca de R$ 170 milhões ao ano para o governo federal. Em novembro de 2009, o Ministério fechou outras nove parcerias.
Os remédios que serão produzidos no país são utilizados no tratamento de Alzheimer, aids, osteosporose, tuberculose, hemofilia e asma, além de imunossupressores (para pacientes submetidos a transplantes). Os 21 medicamentos e o DIU são oferecidos gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A compra deles custa, em média, R$ 850 milhões ao ano. Com o início da produção nacional, a despesa total será cerca de 20% menor.
Neste ano, pelo menos cinco medicamentos já começam a ser fabricados. A previsão é que, no segundo semestre de 2010, os laboratórios façam as primeiras entregas do Tenofovir, para tratamento de aids, do Tracrolimos, usado por pacientes que passaram por transplantes, e de três anti-psicóticos - Clozapina, Olanzapina e Quetiapina.
"São parcerias importantes porque aproximam empresas privadas de produção de farmoquímicos a laboratórios públicos para a sua formulação final. Respondem ao conjunto de prioridades e preocupações do ponto de vista de saúde pública", afirma o ministro da saúde, José Gomes Temporão.
Temporão participou da cerimônia de assinatura dos novos termos de compromissos nesta terça-feira, durante a 17ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Clínicas e Consultórios (Feira Hospitalar 2010).
Os termos de compromisso estabelecem a transferência de tecnologia para a fabricação dos 21 produtos e envolvem oito instituições públicas e 13 privadas.
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