A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em alta de 1,83%, aos 69.939 pontos, impulsionada pela valorização das commodities (matériasprimas) no mercado internacional.
Influenciou também o avanço do setores de siderurgia e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), que prevê investimentos de R$ 1,59 trilhão no país. As ações preferenciais (PN) da Vale avançaram 1,87%, com a perspectiva de forte reajuste do preço do minério de ferro.
As ações ordinárias (ON) da LLX Logística ficaram entre as maiores altas da Bolsa, com valorização de 5,84%. Os papéis Usiminas PNA saltaram 5,72% e Gerdau PN, 4,70%.
Na direção contrária, os papéis de construtoras registraram as maiores quedas da Bolsa. As ações ON da MRV cederam 2,55%, enquanto as da Gafisa caíram 2,75% e da PDG Realty recuaram 4,65%. O analista Eduardo Silveira, da Fator Corretora, considera que pode ter desagradado ao mercado o aumento da parcela para as faixas salariais mais baixas para 60% dos 2 milhões de casas a serem construídas no programa Minha Casa, Minha Vida 2.
No mercado de câmbio, após três altas seguidas, o dólar comercial fechou com desvalorização de 1,69%, a R$ 1,799, maior queda percentual do ano. Segundo Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do banco Paulista, o recuo refletiu a melhora do cenário externo e a valorização das commodities, além da entrada de recursos estrangeiros na Bovespa.
O anúncio da expansão de 0,3% dos gastos dos consumidores americanos em fevereiro, segundo o Departamento de Comércio dos EUA, fez o Dow Jones, de Nova York, subir 0,42%. Também contribuiu para o otimismo a captação de C 5 bilhões feita pela Grécia ontem.
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Luiz Mendes, afirmou ontem que as eleições presidenciais deste ano, diferentemente do que ocorreu em 2002 quando a moeda americana chegou perto de R$ 4 , não deverão afetar o dólar.
Com a maturidade que se tem hoje, com o sistema de câmbio livre, não consigo ver nenhuma grande alteração por conta da questão política afirmou ele, em seminário na Fundação Getulio Vargas.
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