quarta-feira, 10 de março de 2010

Lula fala das privatizações do governo FHC

O Presidente Lula dedicou grande parte de seu discurso de hoje, durante cerimônia de inauguração da Usina Termelétrica Euzébio Rocha, na Baixada Santista (SP), ao combate as privatizações feitas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Lula disse que o Brasil passou por uma crise "sem precedentes" entre 1980 e 2003 e que esteve por mais de 20 anos subordinado à tutela do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a uma política de ajuste fiscal muito forte.

"As empresas brasileiras, como própria Petrobras, pararam de fazer investimentos. Entramos em uma era em que os governantes negavam o Estado e diziam que a única solução era privatizar todas as empresas brasileiras porque assim o Brasil teria mais competência", disse o presidente a uma plateia formada fundamentalmente por funcionários da Petrobras, citando como exemplo de privatizações os setores de telecomunicação, energia elétrica e siderurgia.(Clique na imagem)

Lula disse: "Tentaram privatizar o Banco do Brasil. Tentaram até mudar o nome da Petrobras e quebraram o seu monopólio. Ferrovias não foram nem privatizadas, foram dadas a determinados grupos empresariais que fizeram os investimentos necessários", declarou, em referência a ações do governo de FHC.


Num dos momentos mais aplaudidos de seu discurso, o Presidente afirmou que "a lógica perversa era levar a Petrobras à falência para poder justificar a venda da empresa, alegando que o Brasil não era autossuficiente em petróleo". De acordo com Lula, os ministros da área econômica, na época, "baixaram a cabeça" para o FMI. "Nossa querida Petrobras não tinha nem sequer capacidade de investimento", reclamou.

Pré-sal

O Presidente declarou ainda que as recentes descobertas de reservas de petróleo na camada do pré-sal vão possibilitar que o Brasil se torne um dos principais produtores do mundo, mas frisou que o objetivo será comercializar produtos com valor agregado, e não apenas óleo cru. O Presidente destacou que, pelo novo marco regulatório na área de petróleo, o Brasil terá participação nas descobertas das empresas que explorarem e descobrirem petróleo.

"Esse dinheiro do petróleo não pode ser usado para enricar algumas empresas", afirmou, ressaltando a criação de um fundo destinado a investimentos em educação, ciência e tecnologia. Ao entrar no tema da educação, Lula reiterou que seu governo foi o que mais criou universidades e escolas técnicas. "Em oito anos, fizemos 1,5 vez mais o que fizeram em um século", frisou.

Em seguida, Lula cobrou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, faça mais do que ele caso vença a disputa eleitoral. "Achamos que é pouco, é pouco. A companheira Dilma que se prepare porque é preciso fazer muito mais. Temos uma dívida secular coma a educação brasileira", afirmou.

Mulheres

Lula fez uma homenagem às mulheres pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, e também à pré-candidata do PT. Segundo ele, até a década de 90 era proibido às mulheres trabalhar na área de soldagem das empresas. Ele disse ter ficado feliz ao constatar a presença de diversas soldadores do sexo feminino na usina inaugurada em Cubatão. Uma das trabalhadoras entregou uma placa à ministra.

"Isso é uma demonstração de que, para as mulheres, não basta apenas ser maioria numérica neste País. Elas querem ocupar mais espaço e participar da política. Não querem mais ser tratadas como objeto de segundo grau, como objeto de cama e mesa. A mulher quer ser cidadã em sua plenitude. Pensar, deliberar e executar", enumerou o presidente.

2 comentários:

  1. Isso que chamo de um discurso rico em informações
    preciosas para o povo compreender a que esse imenso país foi submetido, num passado próximo,
    por governantes sem escrúpulos.

    As mulheres e Dilma presidenta.
    Dilma e as mulheres num crescendo.

    Mulheres ! O poder, agora está com voces !

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  2. Bom, né, Hélio!
    No dia que as mulhetes acordarem vamos, junto dos homens, tornar o Brasil melhor e mais justo.
    mariazinha

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